20/08/2013

Quero minha mãe de volta (Carta aberta às mulheres do Brasil)

Minha irmã.

Permita-me entrar em contato com você para lhe fazer um pedido.
Nas minhas pesquisas em busca de matéria para refletir o problema do alcoolismo deparei-me com uma surpresa por demais desagradável: Descobri que as mulheres estão bebendo mais que os homens. Fiquei estarrecido!

Comecei a pensar: Se a mulher está bebendo mais que os homens então o que será de nós que dependemos dela em tudo a começar pelo nascimento? Ninguém nasce a não ser de uma mulher. Por isso não é sem razão que ela é considerada a grande educadora da humanidade. Desde o nascimento (para não falar da concepção e gestação) o ser humano depende desta educadora. Não estou dizendo que o homem não é educador, não; é também um educador. Mas a mulher o é de maneira muito mais abrangente, muito mais completa, ela é, por natureza, a grande educadora. É a mestra indispensável. Lembro aqui a afirmação do padre Zezinho, scj, em programa de televisão: “Toda criança necessita de escola e de colo”. Ou seja: toda criança precisa de escola para aprender a ler e se socializar; precisa de colo para receber amor  e carinho, para se humanizar. Existe alguém mais carinhoso que u’a mãe? Assim o padre Zezinho afirma que não pode faltar nenhuma das duas coisas: escola e colo.

Na atualidade social brasileira estamos sofrendo esta ausência. É como dizia-me um amigo: “Guilherme, no nosso tempo quem educava as crianças eram os pais; hoje não, hoje quem educa é a televisão. Daí o desastre na sociedade brasileira”. Eu repliquei: você tem razão.  

Então a realidade de um pais cheio de baderna, de violência, de estupros, assaltos, assassinatos, tudo é consequência de uma sociedade criada sem amor, sem carinho. Faltou isso (o amor) o ser humano perde sua identidade de gente.

E agora vem a triste descoberta: As mulheres estão bebendo mais que os homens! Que se pode então, esperar delas? O que se pode esperar de alguém por demais alcoolizada? Da vontade de chorar; não é verdade? Brincadeira gente!!!  “Não convém aos reis beber vinho”, diz a Bíblia em Provérbios 31, 4; ora se não convém ao rei beber, muito menos à rainha! Você não acha minha senhora? Ou você esqueceu que a mulher é a rainha do mundo? E a Bíblia ainda insiste... “Quem se embriaga não chega a ser sábio” (Provérbios 20,1). Então eu pergunto: Uma mulher que não é sábia tem como educar uma criança?  

É por isso que estou escrevendo a você, minha irmã. O Brasil (e o mundo) está sofrendo demais porque está com amor de menos. E você, minha querida, fonte de beleza e amor, vai deixar que o Brasil continue assim? Que o Brasil continue dilacerado por falta de seu carinho? Não acredito. Mulher é feita de amor e carinho; por isso eu creio numa resposta positiva ao meu apelo: Quero minha mãe de volta. Por favor não troque a grandeza que você é por dose de bebida alcoólica. Nós meninos e meninas (e mesmo adultos) precisamos muito de você; nós dependemos de você para sermos uma personalidade completa. Não podemos continuar na condição de trapos humanos, de degenerados, de decaídos. Creia-me, para o Brasil se recuperar, abaixo de Deus, só depende de você, minha santa.

Por tudo que lhe falei atrevo-me a lhe pedir: Por favor, deixe de beber! Se ainda não bebe, não comece a beber. Seja a mulher que Deus planejou, a grande parcela humana que teima em caminhar sem Deus, não serve pra você, não serve pra ninguém.
Vamos construir uma sociedade nova; topa?  


PS.:  Você pode dizer:  só bebo socialmente. Certo. Mas, veja o que já escrevi sobre isso em artigo anterior. 

16/04/2013

Esclarecimento

Esclarecimento
             Informo para os internautas que me dão o prazer de acompanhar meus artigos que dei uma parada na sequência de minhas reflexões sobre a vida em face de estar realizando um trabalho urgente em favor das comemorações do Cinquentenário da Paróquia Monte Carmelo. Mas, logo que termine voltarei a escrever.
             Informo também que suspendi, temporariamente, o trabalho da "Teia da Amizade" por igual motivo. Voltarei, com força total, depois. Ok? 

Grato por tudo Pe. Guilherme

13/11/2012

Beber socialmente. Cuidado!


É comum se escutar essa expressão de pessoas usuárias da “branquinha”: minha bebida é simples; bebo apernas socialmente. Mas, pensando bem, o tal “beber socialmente” é uma instancia muito perigosa na caminhada para o alcoolismo. Ela tem sido mesmo o caminho infalível para muitos e muitos casos de alcoolismo irreparável. É graças a ela que nos deparamos com desabafos como este procedente de esposas e filhos amargurados: “ele não tem nem vergonha de, depois de velho, dá pra beber”.

Trago, então, para sua apreciação este texto tirado do livro Escravos do Século XX, da autoria de Dra. Edgard M. Berger e Oldemar Beskow (Casa Publicadora Brasileira, São Paulo):

“É muito difícil reconhecer-se quando termina o “beber social” e começa o alcoolismo, pois as suas linhas divisórias são muito tênues, imperceptíveis e traiçoeiras. Um pequeno número de indivíduos começa a ter dificuldades desde o pequeno “drink”, mas na maioria não se pode diferenciar entre o bebedor moderado e o alcoólatra potencial!
Verifique se você já deu algum dos 13 passos para o alcoolismo:
1. Você experimenta pela primeira vez, por influencia de amigos, uma bebida alcoólica. Há uma probabilidade em 16 de que você terá dificuldade por causa do álcool.
2. Você começa a ter “black-outs”. Isto não é tomar um pileque. É perda temporária da memoria ou amnesia. No dia seguinte você não se lembra do que aconteceu ontem.
3. Você descobre que a bebida significa mais para você do que seus amigos. Você não bebe aos poucos, mas aos goles; você toma um ou dois drinks antes de ir a uma festa. A sua chance de se tornar um alcoólatra é alta e agora você se aproxima da PRIMEIRA ZONA DE PERIGO.
4. Você bebe mais do que intenta. Você pode controlar o quanto ou o quando começará a beber, mas tendo começado não pode mais parar. Você se torna extravagante e começa a se exibir...
5. Você começa a achar desculpas para beber. Você tem sempre uma desculpa ou uma razão para justificar o “porque” a seus amigos. Você começa a beber “para despertar”, para acordar, para acalmar os seus nervos pela manhã.
6. Você se sente culpado, deprimido, e um gole vai-lhe satisfazer o ego.
7. Você começa a beber sozinho. Procura beber só, em casa, no hotel, no escritório, ou mesmo no bar. Mas prefere estar só.
8. Você se torna antissocial quando bebe. Começa a “comprar brigas” para mostrar que ainda é “Homem”.... você está se aproximando da SEGUNDA ZONA DE PERIGO.
9. Você começa a mudar o seu regime de bebida. Deixa de beber por alguns dias, e mesmo semanas, e logo se entrega completamente ao álcool, sem se importar com as consequências.
10. Começa a sentir remorso e ressentimentos profundos....Você se sente culpado, mas “o mundo parece estar contra você”. Para você só há um recurso: “beber mais”.
11.  Você começa a sentir profunda e inenarrável ansiedade. Tem medo de perder a bebida, e faz tudo para protege-la, e tem medo de que ela não lhe dê a mesma sensação de “alivio”.
12. Você compreende então que “a bebida o dominou”.  Aceita o fato de que beber não depende mais do seu controle. Atingiu agora o “fundo do poço”.
13. Você procura e consegue auxilio... ou vai morrer nas sarjetas! Procura auxilio na religião, com o seu medico, com os chamados “Alcoólatras Anônimos”, de preferencia os 3 juntos, que muito pode fazer para recuperá-lo do abismo em que se encontra. (pág. 131-133). ”

Gostou? Valeu?

23/10/2012

Carta a Você

Meu irmão, minha irmã:

Você, como eu, é testemunha dos horrores que acontecem em nosso país por causa do álcool. Não precisamos falar da imensidão de acidentes assassinos que, diariamente, ocorrem em nossas estradas; de brigas seguidas de morte e cadeia; de lares desfeitos e amargurados; de empresas prejudicadas e dos rios de dinheiro que saem dos cofres públicos para gastar com essa gente desmantelada que, quase sempre, acaba na cadeia, no hospital ou no cemitério. E o dinheiro público, o nosso dinheiro é que paga esses desmandos!

Tenho certeza que isso não é justo. Não é justo a pessoa, por não sei que esquisito prazer, gerar doença em si mesma e, depois, vir fazer uso do nosso dinheiro para uma eventual melhora (ele não tem interesse em ficar bom) e, em seguida, voltar a beber preparando, assim, mais uma despesa para a sociedade, para você e para mim.

Considere que coisa desagradável é alguém realizar um bonito casamento e, ao nascer o primeiro filho, perceber que nasceu um deficiente mental sem capacidade suficiente para os estudos ou portador de outra doença mais grave ainda. Você sabe que existem crianças que passam anos seguidos de escola sem sair da primeira série, não é?

Aí entram em ação o governo e as associações filantrópicas para cuidar dessas chamadas “crianças especiais” que, na realidade, são vitimas de comportamento insano de seus pais na condição de consumidores de álcool. É doloroso, não é? Você queria ter um filho assim? Claro que não!

Então, meu irmão, minha irmã se você bebe, por favor, deixe este hábito triste! Procure ajuda; alcoolismo tem cura. E se você ainda não bebe, não tem esse vicio lamentável, fique atento ou atenta para não cair.

Os amigos, sem maldade, julgando fazer uma coisa boa para você (uma alegre convivência social) convidam-no para beber, pagam a sua dose e insistem mesmo para que você aceite. Nessa hora é muito mais acertado que você peça uma agua de coco, ou um suco ou até mesmo um refrigerante. Não tenha medo de parecer esquisito ou esquisita. Você está certo (a), e este é o caminho para a sua saúde e para a saúde da sociedade.

Precisamos de gente que tenha a coragem de fazer florescer o bem. Gente para fazer o mal encontramos em toda parte, está sobrando. Para fazer o bem é preciso ser gente de raça, gente de garra. Você se sente assim? Dê-nos um sinal!

Grato por sua atenção.

Pe. Guilherme Gomes.

17/10/2012

Pare, por favor!



Considerando o que foi escrito no artigo anterior, um pedido me vem à cabeça: Se você bebe, pare, por favor! Se ainda não bebe, parabéns! Não vale a pena começar. Para que estragar esta figura tão bacana que é você? Que graça tem se preparar para gerar um filho doente, problemático, complicado?

Eu sei o que você está pensando: é difícil se manter sóbrio quando se vive numa sociedade tão permissiva, tão condescendente com o que não presta. Vão começar logo a me soltar graça, querer me taxar disso ou daquilo outro... É verdade; nossa sociedade está por demais derrubada. Enfraquecida em seus princípios morais e espirituais; perdeu a força para erguer a bandeira dos valores humanos de maior grandeza e fica patinando na mais vergonhosa cultura, chamando de cultura as maiores expressões de baixezas que se promovem a cada dia com sorriso desmoralizado, sem graça, porque lhe falta a competência para o melhor. E ai de quem se opõe aos promotores de tais coisas!

Pois, bem, é preciso que apareça no meio dessa sociedade desmoralizada, incompetente, alguém (ou alguéns) que tope caminhar de outro jeito. Do jeito correto, humano, espiritual, que traga o selo do divino. E que esta pessoa se lembre disso: você tem pleno direito de ser você. E ninguém tem o direito de influir negativamente sobre você. Você tem o direito de optar e seguir uma boa filosofia de vida. Uma filosofia que esteja à altura de sua dignidade humana, de sua espiritualidade, da grandeza de ser filho de Deus. Deixe que manguem de você, é gloria para você sofrer pela verdade; a verdade é Deus e só Ele vale a pena.

São Pedro já dizia, advertindo seus leitores a viver na fidelidade a Deus: “Se sofreis por causa da justiça, bem-aventurado sois (...) Será melhor que sofrais por praticardes o bem do que praticando o mal”. (cf. 1Pd 3,14.17).

Repito o meu pedido: Se você bebe, por favor, deixe de beber! Se você não bebe, por favor, não comece a beber! Assim agindo você está fincando um ponto de bondade no meio do mundo. Você se torna agradável a Deus (cf. Pr 15,8) e a humanidade inteira vai lhe agradecer.

Alcoolismo



Os estudiosos do assunto são unânimes em afirmar o desastre causado pelo álcool em pessoas usuárias e, por elas, no grosso da sociedade. É muita, mas muita gente mesmo, que é atingida vertiginosamente por esse mal. Inclusive o alcoolismo cresce de maneira assustadora porque os dependentes, com seu sangue intoxicado geram os filhos já na condição  de alcoólatras também. O garoto cresceu um pouco e já manifesta a malsã tendência trazida dos pais: o álcool começa a fazer parte dos seus hábitos sociais. E ai haja estrago! O Brasil conta, hoje, com a aproximadamente 25 milhões de dependentes de álcool; isto produz um estouro nas contas públicas de mais ou menos 1 bilhão e 130 milhões de reais por ano. São despesas com internamentos, com cadeia, com vitimas em geral, óbitos, e marginalidade criada por eles. Isso é coisa totalmente injusta, absurda. É o dinheiro do povo, o meu, o seu, o nosso dinheiro que, em verdadeira avalanche se esvai pelo ralo. Não é brincadeira! Imagine essa dinheirama aplicada em açudagem pelo nordeste afora!!!

Isso precisa mudar. O álcool está sucateando a nossa sociedade. Está derrotando a nossa gente. Nosso país está se tornando cada vez um país de fracassados. De fracassados sim, porque a pessoa que se deixa dominar por um copo de pinga só há uma qualificação para ela: fracassada. 

Acho que cabe, aqui, um apelo ao povo brasileiro: Que tal a gente se organizar para mudar este quadro? Mudar os nossos hábitos sociais? Partirmos para o melhor? Por exemplo: usar suco, chá, etc, em nossas festas, em lugar de bebida alcoólica. Talvez alguém esteja rindo com essa ideia. Mas não é melhor promover o bem, a saúde, o progresso da nação do que promover o mal, a doença, a desgraça, o fracasso do país? Pense nisso você e, se concordar, poderemos fazer uma belíssima campanha para a promoção da bondade. Essa história de passividade perante o mal não pode continuar. É preciso termos coragem de ser bons. As conveniências negativas e prejudiciais da sociedade clamam por gente brava que modifique essas coisas. Você topa começar? Manifeste-se. Dê-nos um sinal!!

16/10/2012

Genitores



A caminhada na existência, para ser plenamente sucedida, conta com alguns condicionamentos: o primeiro deles é, sem duvida, a qualidade da saúde dos genitores. É preciso que sejam pessoas inteiramente sadias. E sanidade envolve saúde física, psíquica e espiritual.

Como se sabe, há tipos de doenças que se transmitem por geração. A sífilis, por exemplo, é uma delas. Mas, há muitas outras.

Os autores da Nova Enciclopédia Médica do Lar afirmam: “Entre as principais doenças que se transmitem por hereditariedade, situam-se, em primeira plana, moléstias mentais e nervosas, disposição para distúrbios metabólicos (gota, diabete) e prematura esclerose das artérias. Também defeitos físicos, como dedos ligados, lábio leporino, diversas formas de surdez, miopia, nervos, etc. Dentre os males hereditários, destacam-se a hemofilia e o daltonismo. Ambas estas doenças se transmitem aos descendentes masculinos por caracteres hereditários que existem em estado latente nas células maternas. Atua também de modo nocivo sobre as células procriadoras os venenos estimulantes, mencionando-se dentre eles, principalmente o álcool. Cumpre citar os danosos efeitos da intoxicação pelo chumbo e pelo mercúrio. E, bem assim, as horrorosas consequências das moléstias venéreas”. E aconselham os autores da mencionada enciclopédia: “Vê-se, pois, a enorme importância de que se reveste para o homem a escolha de uma companheira sadia, e vice-versa. Mas, não apenas marido e mulher devem a tal respeito precaver-se mutuamente; é também altamente aconselhável colher informações referente aos antecessores e aos irmãos dos casadouros.” (Nova Enciclopédia Médica do Lar, 7ª edição, volume I, pág. 49-50).

Para que os filhos gozem de perfeito bem-estar é necessário também que os pais gozem de saúde psíquica e espiritual. Ou seja: devem ser equilibrados emocionalmente e levar uma vida espiritual adequada: união com Deus; pois Deus é a fonte da vida e sem Ele nada podemos, nada conseguimos (Cf. Sl 36,10; Jo 15,5).  Gente criada sem Deus não pode dar boa coisa.