26/10/2018

Gente, por favor!

Já escrevi anteriormente sobre o tema dos desentendimentos entre as pessoas por motivações políticas. Entretanto tenho ouvido e visto em comunicações pela internet expressões e atitudes que deixam muito a desejar em matéria de convivência humana. Gente, não esqueçamos que nós estamos apenas para contratar um funcionário para ser o principal administrador do Brasil. Entre os dois senhores que aí estão de mãos estendidas, pleiteando a vaga de presidente da republica simplesmente pedem um emprego como qualquer outro que poderia ser. São homens como nós. Então, por que esse acirramento entre nós a de ponto machucarmos uns aos outros? Pra que essa briga triste? Eles não estão nem aí com a briga da gente. Pensando bem eles devem dar boas gargalhadas vendo a nossa besteira.
            Sua função meu irmão, minha irmã é procurar o melhor para o nosso serviço, serviço que não é só seu e nem meu; mas de todos os brasileiros. Somos um patrão coletivo. Tudo deve ser decidido em função de todos, não só de mim e dos meus familiares ou amigos.
            Então vamos votar e pronto. Sendo eleito o que eu escolher beleza. Mas, sendo o outro o eleito, tudo bem também. Pois, sei que a maioria dos irmãos brasileiros escolheu o outro. Ótimo, acolhê-lo-ei como meu presidente e continuarei com meu bom humor em relação aos outros. Afinal de contas somos todos irmãos (cf. Mt 23,8)). E o dever dos irmãos é amar uns aos outros (cf. Jo 13,34-35).   Raiva, briga, assassinato, não é coisa de Deus. Cuidado, portanto, para não trairmos nosso Mestre. O amor é o bem maior, só ele nos interessa.

19/10/2018

Na hora do voto


Quem acompanhou atentamente os escritos do meu blog, nestas semanas em que tenho procurado esclarecer a problemática política, deve ter percebido a minha indicação sobre o melhor candidato para o bonito cargo de governar o país dentro dos três poderes constituídos: executivo, legislativo e judiciário. Qual o melhor trabalhador, eis a questão. Como não temos o candidato ideal à altura mesmo, o melhor é percebemos quem está mais afinado com a função administrativa.
            Administrar significa tomar conta de algo, de maneira responsável, tendo em vista a realização dos objetivos para os quais foi constituído.  No caso da política o algo é o país, ou o estado, ou o município em vista do bem-estar total da sociedade. Isto envolve as pessoas e toda a natureza (a terra, os vegetais, os animais, a água, o ar, etc) que as cerca contribuindo exatamente para o seu bem-estar.
Então, o candidato que no seu projeto de governo se propõe a isso, é ele que merece o seu voto. De acordo? Boa eleição.     

12/10/2018

Ainda o candidato


         
Considerando o mundo político em que se envolve a sociedade, a Igreja não tem problema em conviver com qualquer tipo de regime político, desde que o regime atuante respeite e leve em conta, com seriedade, três pontos: Deus, a pessoa humana em toda a sua dignidade e a justiça social.
         Isso significa que Deus esteja acima de tudo e de todos. Isso significa que Deus seja aceito, respeitado, acolhido e adorado em qualquer ambiente social em que a vida aconteça. Significa também que toda pessoa seja devidamente aceita, respeitada e amada por todos, sem restrição de cor, sexo, religião, partido político, etc. Todos nós somos irmãos (Mt 23,8).
Finalmente, significa justiça social, para que cada um receba, na distribuição de bens, o suficiente para viver plenamente a vida, durante cada mês que vai passando. Ou seja, sem faltar nada do que precisa. Levando-se em conta tudo isso, a paz acontece e todo mundo é feliz.
É isso o que Deus quer, é isso o que realiza o seu reino na terra. Este reino concretiza o que Jesus falou como efeito da unção do Espirito Santo: proclamar o ano da graça do Senhor (Lc 4,19). O que significa bem-estar geral para todos.
O regime que age assim, o político que faz isso, é querido e abraçado pela Igreja. “Quando os justos governam, alegra-se o povo” (Pr 29,2).

05/10/2018

O candidato da Igreja


Tá na cara o candidato da Igreja. É aquele que é o maior político do mundo: Jesus de Nazaré. Foi Ele que disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10). Vida em abundancia consiste na plenitude da vida espiritual e vida corporal. Você pode ser um santo homem ou uma santa mulher, mas se não tem uma boa alimentação e condição de vida social adequada você não tem vida plena, você não é feliz. Concorda comigo?
            Quando Jesus disse a Pilatos: “o meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36) quis dizer que não era tarefa sua cuidar das organizações necessárias para a vida social acontecer neste mundo. Para isso Ele indicaria pessoas, os governantes para administrar e administrar de maneira adequada. E aí como falou a Pilatos: “nenhum poder terias sobre mim se não tivesse vindo do alto” (Jo 19,11). E são Paulo acrescenta: “Que cada um se submeta às autoridades constituídas. Pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem são instituídas por Deus ” (Rm 13,1). O mesmo Jesus que disse “o meu reino não é deste mundo” ensinou no Pai Nosso: “Venha a nós o vosso reino...seja feita a vossa vontade” (Mt 6,9-15). Ou seja, Ele quer que todos aceitemos o reino dele “que é amor, justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17).
            A humanidade tem que caminhar assim para poder ser feliz. É disso que o governante tem que cuidar. Caso contrário ele é um mau governante. E o mau governante gera infelicidade de um povo. É como diz a Bíblia Sagrada: “Quando dominam os justos, o povo se alegra, mas quando governam os ímpios, o povo geme.” (Prov 29,2).
            Aplicando o ensinamento de Jesus ao nosso caso, que estamos para escolher o governante para o Brasil, o critério é: qual o candidato que mais se aproxima do ensinamento de Jesus? Esse é o que deve ser escolhido.
            No momento estamos sem opção, pois nenhum, pelo que vejo e escuto, está dentro do ensinamento do Mestre. Então por ora e tendo que escolher alguém, temos que adotar a filosofia popular: “quem não tem cachorro caça com gato”. Ou mesmo o principio moral que diz: “entre dois males, o menor.” 
Você compreendeu?

28/09/2018

Contradições na fé

Por causa de tanta violência que acontece no Brasil apresentada em grande variedade e muitas vezes com grande requinte de maldade, nosso povo sofredor se pega com qualquer tipo de gente que se apresente como única taboa de salvação. É isso, a meu ver, que explica o fenômeno Jair Bolsonaro. Para grande parte dos brasileiros ele é a solução.
Mas eu queria oferecer alguns pontos de reflexão para as pessoas que o escolhem como o melhor candidato para a eleição deste ano.
Vejamos: nosso irmão Jair adotou para sua campanha este lindo slogan: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Parabéns para ele. É isso que deve ser proclamado e acima de tudo ser vivenciado.
Ocorre, porém, que o candidato passa a se expressar desta maneira: Bandido bom é bandido morto; O soldado que mata dez bandidos merece um prêmio; simpatizantes do PT devem ser fuzilados; mulher negra e feia não presta nem pra ser estuprada; mulher tem que ganhar menos que o homem porque engravida; a ditadura militar não foi melhor porque não matou mais gente, só torturaram. E assim por diante.
Agora eu pergunto: Isso está de acordo com Deus que no slogan dele deve estar acima de todos?
A conversa de Deus é esta: Amai uns aos outros (Jo 15,12);  “Perdoai até 70 vezes 7” (Mt 18,21-22); “Não é bom que o homem esteja só... Então Javé Deus formou a mulher e a conduziu ao homem” (Gn 2,18.21-23); “Não pagueis a ninguém o mal com o mal; procurai fazer o bem diante de todos; vivei em paz com todos, se possível, enquanto depende de vós. Não façais justiça com as próprias mãos, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, pois está escrito: “Sou eu que farei justiça, eu é que retribuirei”, diz o Senhor.” (Rm 12,17-19);  E a Caim que, após matar seu irmão Abel, estava com medo de ser morto também: “Disse Caim a Javé: “Grande demais é meu castigo, para que eu possa suportá-lo! Vós me expulsais hoje desta terra e terei de esconder-me longe de vós; serei fugitivo, vagando sobre a terra; e todo aquele que me encontrar poderá me matar”. Javé lhe disse: “Quem matar Caim será punido sete vezes!” Javé pôs em Caim um sinal, para que não fosse morto por quem o encontrasse” (Gn 4,13-15).
Estão vendo? As declarações do homem não batem com as declarações de Deus.
No agir dele (do homem), Deus não estão acima de todos. E se ele não respeita Deus, como esperar que ele vai respeitar o povo depois de eleito?
E tem mais um detalhe. Diz ele:  “não fiz nada errado, não fiz mal a ninguém, sou inocente!” Aí eu me lembro do que Jesus falou: “Quem olhar para uma mulher desejando-a em seu coração já cometeu adultério” (Mt 5,28). É o que ocorre: não matou, mas incentiva o pessoal a matar. Tornou-se comparsa do policial assassino, já é assassino em seu coração.
E essa história de colocar arma de maneira indiscriminada na mão do povo é mais um grande desastre para a população. Vai ser um bang-bang a toda hora e ao ar livre, qualquer discussãozinha e tome bala. Brincadeira hein gente!!!
Um detalhe pra nós. Então você que pensa em votar no homem, votar no capitão é tornar-se conivente com sua pregação de apoiar a violência. Não creio que você vá fazer isso. Violência gera violência.

21/09/2018

Os pobres podem ganhar as eleições

Prestem bem atenção no que vou falar. Nós os pobres podemos ganhar as eleições. Por que eu digo isso? Simplesmente porque formamos a grande maioria dos eleitores brasileiros. Veja: o eleitorado brasileiro se compõe, hoje, de 147,3 milhões de pessoas. Desse total de gente 52 milhões aproximadamente são pobres e novecentos mil são ricos. Então se nós os pobres nos reunirmos em torno de um mesmo ideal – justiça social ou melhoria de vida para todos – então poderemos tirar do poder esse regime que tanto nos machuca e colocar um regime de governo que faça justiça libertando-nos, assim, da miséria ou quase miséria em que vivemos. Você não acha que estou certo?
            Estão vamos fazer assim: comparemos o governo atual com o governo passado. Qual dos dois é ou foi mais confortável para o cidadão brasileiro? Qual dos dois foi melhor para o Brasil? Pense e tome sua decisão. Observem então quem ou quais entre os candidatos que aí estão corresponde ou correspondem ao ideal de bem servir ao povo. Então vote nesse ou nesses cantidato/os.
            Não esqueça: o político é um empregado do povo, é seu empregado. Nós o escolhemos e lhe entregamos um mandato para ele nos servir e não para ele se servirem de nós como está acontecendo atualmente.
            Escolha o/os melhor/res candidato/os. Assim unidos no mesmo pensamento e na mesma decisão ganharemos a eleições, pois somos a maioria dos eleitores. De acordo?

14/09/2018

É uma Gracinha...


Tenho escutado entrevistas de candidatos/as às próximas eleições e uma coisa me tem chamado à atenção: fala-se e de tudo menos do essencial. Fala-se de mais atenção aos pobres, de assistência social, de aborto, de respeito ao grupo LGBT, de economia, de construir mais hospitais, de aumento de contingente policial, de matar bandidos e simpatizantes de partidos de esquerda e tema outros de menor importância.
Mas quase ninguém fala de justiça social, de educação de qualidade e do retorno a Deus. Gente, o pobre não precisa de esmola, não precisa de cesta básica e similares; pobre precisa é de justiça social. Isso sim. Mas nossos/as ilustres candidatos/as na grande maioria passa por cima desse assunto fingindo não conhecê-lo.
Também não levam em conta a figura central da vida, Deus. Deus tornou-se tabu no linguajar e no agir dos políticos. Eles atendem mais ao disparate grafado na Constituição brasileira: O Estado é laico. Gente, não pode e nem deve existir Estado laico! Pode haver isso sim, Estado descomprometido com modalidades de credos religiosos. Porém, Estado sem Deus, é absurdo, não pode existir. Pois Deus é o Supremo Ser, é o Supremo Legislador. Só Ele tem força para manter a humanidade em perfeita ordem. Caminhar sem Ele, é simplesmente quebrar a cara. “Sem mim nada podeis fazer”, disse Jesus (Cf. Jo 15,5) e o Salmo 33 acrescenta: “Feliz o povo, cujo Deus é o Senhor” (Cf. Sl 33, 12).
É exatamente por isso que a humanidade está sempre na pior: os governantes teimam em governar sem Deus.