
Mas aí
topamos com a dificuldade que são Paulo aponta: “Não faço o bem que quero e sim o mal que não quero” (cf. Rm 7,19).
É o problema da condição precária em que o pecado original nos deixou: somos
gente ferida (cf. Rm 8,10), gente interiormente desarticulada. O pecado está
sempre teimosamente cobrando de nós a sua parcela (cf. 1Pd 5,8) nos vários
momentos do nosso agir.
É aqui que
entra a minha dica: sei que você quer ser santo, quer realizar o modelo
perfeito de homem (mulher) que Deus nosso criador bolou para você: ser santo; ser
perfeito. (Lembro que ser santo não significa estar na listagem hagiográfica da
Igreja e muito menos ter sua estátua no altar. Não! Ser santo é estar em
perfeita sintonia com Deus, é estar em plena comunhão com Ele).
Então para
você atingir sua meta humana, vencendo o pecado mesmo na sua pequena dimensão
moral (o pecado que não leva à morte conforme nos diz são 1João em 5,16) eu lhe
dou essa orientação e faço-o me servindo da doutrina da mente que aprendi do
meu mestre Lauro Trevisan: Use a força da mente na conquista da Santidade
duradoura. Faça assim: veja qual é o seu defeito principal, o pecado em que
você cai mais frequentemente. Digamos, por exemplo, que você é muito irascível,
muito grosso em casa ou nos ambientes que você frequenta. Então diga a você
mesmo com insistência assim ou de modo parecido: eu sou manso, eu sou uma
pessoa cortês, eu sou uma pessoa afável, eu sigo Jesus que disse “Sou manso e humilde de coração” (cf. Mt
11,29). E quando tiver aquela vontade de ser brabo, aquele impulso violento
para dizer desaforo, a mente lhe traz o alerta imediato: alto lá; eu sou um (uma)
rapaz (moça) manso (a), afável, cortês. E fale para Deus: meu Pai, em suas mãos
eu coloco este constrangimento (ou esta raiva) junto com a paixão de Jesus
Cristo. Não me deixe pecar. Eu lhe amo.
Fazendo
assim você aumentou mais o seu tesouro na eternidade. E veja, então, o que
aconteceu por este seu proceder: você aumentou sua riqueza no céu, seguindo a
orientação de Jesus que nos ensina: “Entesourai
no céu onde não há traça nem ladrão” (cf. Mt 6,20); você conseguiu mais
simpatia entre os seus; fez o seu papel de luz do mundo (cf. Mt 5,14); você
evangelizou com seu exemplo (cf. Mt 5,16). A pessoa que lhe ofendeu de algum
modo vai ficar pensativa e dizer consigo mesma rapaz como fulano (a) é bacana!
Eu é que tenho que me ajeitar.
Olhe, o
poder da mente funciona de verdade. Basta dizer que ele está ligado ao poder
infinito de Deus que sempre trabalha (cf. Jo 5,17) e não lhe larga.
Pense
nisso; você vai ser outro (outra) aceitando está boa dica.
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