19/06/2015

Idolatria

Todos sabemos que idolatria é culto a um falso deus. É a grande reclamação da Bíblia Sagrada: “Não terás outros deuses além de mim” (cf. Ex 20,3). Esta exigência divina percorre todo o profetismo bíblico.
            Numa ideia mais abrangente e de maneira analógica podemos dizer que ídolo é aquilo a que damos maior valor, maior atenção, que buscamos com maior empenho. E isso me leva a afirmar que o deus do povo de hoje (pelo menos em grande escala) é o dinheiro. Muita, mas muita gente mesmo só pensa nele; só age em função dele; quase que não tem mais tempo pra rezar. É só trabalho, trabalho, trabalho para ganhar sempre mais. Existe até quem fale assim: “Meus deus é meu dinheiro”. Por dinheiro se faz tudo: se mata, se rouba, se mente, se prostitui... se faz tudo. Até a natureza é tremendamente agredida, por causa da ganancia do homem sempre mais em busca de dinheiro. Para ganhar e acumular dinheiro tudo é válido. Que lógica, hein?!
            E daí vem a desgraça para a humanidade. O povão é que sofre as consequências. Sim, porque, o dinheiro nada tem a oferecer.  Ele é apenas um artefato humano procedente da inteligência. Afinal de contas foi Deus ( e não o ídolo) que fez a matéria prima de que é feito o dinheiro e a inteligência do homem para fazê-lo.
            Dinheiro só serve para uma coisa: facilitar a troca de produtos que usamos no dia-a-dia.
            Então, por que sacrificar tudo por ele inclusive a sua alma? Lembra-se do que Jesus falou? “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (cf. Mt 6,24b). Pelo contrário, o dinheiro é que deve nos servir. A observação de são Paulo é bem pertinente: “Porque  a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro...” (cf. 1Tm 6,10s).

            Cuidado, pois, para não dar bobeira. Devemos ter o coração livre, reservado exclusivamente para nosso Deus, razão de ser de nossa existência. Abaixo a tirania do dinheiro. Deixemos a graça, o amor, a bondade fluírem em nós. Só Deus é suficiente. 

05/06/2015

Prazer ou Saúde?

Prazer ou saúde? Qual o melhor?  
            Convertei-vos!” (cf. Mt 3,17) Converter-se é sair do erro para a verdade, do pecado para a graça. E a conversão tem que ser plena: ela envolve  a alma e o corpo. É assumir a verdade do espírito e do corpo. É ter saúde total. É este o interesse de Jesus. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10,10). E é bom lembrar que tudo nesta vida exige sacrifício; até mesmo para comer indiscriminadamente o que é gostoso; gasta dinheiro com o petisco e, depois, vai gastar mais ainda com medico e com remédio. E isto sem falar do desconforto fisiológico que sofre. É a confirmação também do que Jesus disse: “Estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida” (cf. Mt 7,14). Isto vale tanto para o lado espiritual quanto para o carnal.
Dentro do meu trabalho de orientação para a saúde sempre encontro uma dificuldade no pessoal. Enquanto estou na parte de mentalização, motivação para uma vida melhor, tudo bem. Mas, quando chega a hora de propor a mudança no estilo de vida, ai a turma chia. Poucos aceitam renunciar o simples prazer de uma comida gostosa (sobretudo guloseimas) para adotar um tipo de alimento menos gostoso, porém, mais sadio, mais útil para se viver bem. E ai fica o impasse. Muitos desistem de nossa orientação para prosseguir na lisonja do paladar que aprecia muito o que é gostoso sem levar em conta a própria saúde. Esquecem a orientação de Jesus: “
            Então, o bom é fazer assim: comer comida gostosa sim, contanto que seja saudável. Afinal de contas quem dá o sabor é o tempero. E há muitas opções para se conseguir um bom tempero. Não é verdade?

Então, prazer ou saúde? E eu respondo: os dois. O importante é amar a vida e usar o bom senso.