Vejamos mais este texto da
mensagem dos nossos prelados no documento da Assembleia.
“A crise ética,
política, econômica e cultural tem se aprofundado cada vez mais no Brasil. A
opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao
ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a
maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de
renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres
cada vez mais pobres, conforme já lembrava o Papa João Paulo II na Conferência
de Puebla (1979). Nesse contexto e inspirados na Campanha da Fraternidade deste
ano, urge reafirmar a necessidade de políticas públicas que assegurem a participação,
a cidadania e o bem comum. Cuidado especial merece a educação, gravemente
ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação
humana e desconsideração da importância das pesquisas.”
Os senhores
bispos apontam aí os problemas que todos conhecem e sofremos na pele. Indicam
também a causa geradora de toda essa desgraça: a opção por um liberalismo
exacerbado e perverso. Engraçado é que os políticos sabem sobejamente disso,
mas ficam em sua maioria calados. Acham mais fácil indicar solução retirando
mais dinheiro dos pobres ao invés de tirar dos grandes ricos que já
enriqueceram exatamente explorando os pobres. É desses ricos que é preciso
tirar e não de quem já não tem o suficiente para viver.
Vale aqui a
pergunta: até quando nós povão iremos deixar que suguem o nosso sangue?