29/03/2019

Vida em agonia

Não é nada prazeroso contemplarmos a humanidade de hoje sob o ponto de vista da saúde. Terrível a situação dos gananciosos espertalhões deste mundo! Arvora-se em lideres da humanidade só com o intuito de se aproveitar dos outros. Elegeram o dinheiro como bandeira maior. E na louca busca de dinheiro foram ocupando os espaços vitais colocando as pessoas num beco sem saída.

Estou me referindo especialmente à qualidade dos alimentos que são oferecidos nos supermercados e em outros ambientes de comercialização de produtos alimentares. É muita química pesada dizem os pesquisadores. Começando pelo agrotóxico que colocam na terra. Os produtos já nascem com a condição de nos iniciar no processo de morrer. Tudo cheio de química artificial produzida pelos avarentos que querem sempre mais e mais dinheiro. E nós? Como escaparmos? É como dizia o velho Chico Anísio: “E o povo? Tadinho do povo!

Praticamente sem opção o povo se sujeita a consumir o alimento que oferecem recheado de química. O próximo passo será o médico e depois o hospital. E do hospital? Você já sabe.

Certo está São Paulo diz: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos." (1Tm 6,10)

E Jesus já dizia: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. (Mt 6,24).

22/03/2019

Vida! Vida!


Jesus, por um decreto amoroso do Pai, veio ao mundo nos trazer vida (Mc 10,45) e, como Ele diz, vida em abundância (Jo 10,10). Por isso ao longo do seu trabalho missionário sempre esteve na defesa da vida, tanto pelo seu ensinamento quanto pela realização de inúmeros milagres. Toda pessoa que chegasse a Ele pedindo a cura de alguma doença, Ele curava mesmo que fosse gente de fora do seu povo, povo de Israel; mesmo assim Ele curava. Lembro a Cananéia que orou em favor de sua filha (Mt 15,21-28) e o Centurião que tinha o seu filho doente (Mt 8, 5-13).
Então esta foi e é a briga de Jesus até hoje: a vida. Sobretudo a vida em sua plenitude: corpo e alma, vida eterna. Se vivemos bem a vida material e não cuidarmos da vida espiritual comprometemos a vida eterna. Aí não valeu a pena ter existido nesse mundo. Era melhor não ter nascido (Mt 26,24).
Mas veja o que é lamentável: apesar de todo esse esforço de Jesus a ponto de entregar sua própria vida em favor da vida (Lc 23,46), mesmo assim quanta gente por aí, matando a vida! Conversaremos sobre o assunto no próximo artigo.

15/03/2019

A propósito de Suzano


Direto ao assunto: Você acha que se aqueles matadores tivessem amor a Deus fossem pessoas convertidas a Jesus, teriam feito o que fizeram? De jeito nenhum, tenho certeza.
     O ocorrido nos aponta para o fato de que arma na mão do povo é algo extremamente preocupante. Não seria o caso de o presidente repensar o tema da liberação de arma na mão do povo e partir para outra opção mais viável e humana? Por exemplo: mudar o sistema penitenciário para, em vez de repressivo, castigador, ser um sistema educativo, libertador? E, simultaneamente a essa medida entrar em acordo com a CNBB e outras lideranças religiosas para a realização de uma educação cívica, religiosa, eficaz e profunda? Sinto que este é o caminho para termos um povo rico e feliz.
Ninguém se engane: sem Deus, sem uma verdadeira conversão não tem jeito que dê jeito.
     “Sem mim, nada podeis fazer”  (Jo 15,1). Não adianta teimar! Governo e Igreja têm que trabalhar juntos e trabalhar com mútuo respeito e vontade sincera de acertar. Na justiça e no amor teremos a tão desejada Paz (Is 32,17).

08/03/2019

Reforçando

Os católicos sabem: no início da quaresma (tempo que vai da quarta-feira de cinzas até a sexta-feira santa) a Igreja inicia esse tempo litúrgico com a imposição das cinzas sobre a cabeça do povo que vai à missa nesse dia. Este gesto de impor cinzas sobre o corpo remonta dos tempos do Antigo Testamento que indicava o arrependimento do pecado contra Javé. Lembramos o episódio de quase destruição de Nínive que escapou graças à penitência feita (cf. Jn 3). Também o uso das cinzas ocorreu entre outras personalidades do Antigo Testamento.
No Cristianismo adotou-se este rito desde o início da caminhada da Igreja. A liturgia penitencial impunha cinzas e vestes penitenciais sobre o pessoal que pretendia ser cristão ou mesmo para quem já era cristão que eram absolvidos publicamente nas celebrações de quinta-feira.
            Por essa explicação compreendemos bem o sentido das cinzas em nossa liturgia: é um forte chamado a penitência e à conversão permanente. Daí se vê muito bem que se a pessoa não estiver com a disposição para a conversão e penitencia realizou apenas um gesto folclórico. Essa pessoa mentiu para o povo e para Deus. Cuidado pessoal. Convertei-vos é o grito de guerra que Jesus nos trouxe (cf. Mt 1,15).

01/03/2019

Prudência


Quero comentar a orientação um pouco estranha de Jesus ao realizar alguns de seus milagres. Refiro-me aos episódios da cura do leproso em Mateus 8,4; a cura dos cegos também em Mt 9,30 e a cura do surdo-mudo narrada em Marcos 7,36. São curas efetuadas nas quais Jesus pede aos beneficiados que não levem ao conhecimento do povo.
Por outro lado, há casos em que Jesus não só autoriza a divulgação dos seus feitos, mas até ordena mesmo que seja feito isso, como por exemplo, ao responder ao sumo sacerdote (Jo 18,21) e ao afirmar, depois de uma pública e solene entrada em Jerusalém, ao responder a alguém que lhe pedia para calar o povo: “Se eles calarem, as pedras gritarão” (Lc 19,40).
Então como explicar o caso?
É que Jesus não queria precipitar os acontecimentos relativos à sua morte e ressurreição.
Sim, é que no tempo da vida pública de Jesus havia praticamente três blocos de gente que o rodeavam. Uns queriam matá-lo; eram os fariseus e a elite sacerdotal da época. Outro grupo era das pessoas boas que vendo as qualidades extraordinárias de Jesus, queriam fazê-lo Rei para a libertação definitiva de Israel. O terceiro grupo era dos indiferentes.
Então, quando Jesus sentia que a divulgação dos seus milagres poderia acender mais a ira de seus inimigos e levá-lo à morte antecipada, Ele proibia a divulgação (Mt 12,14; Lc 14,29),  caso contrário ele não fazia questão (Lc 8,39).
Portanto, o negócio era evitar que o levassem a um cargo político como governo deste mundo ou sua morte antes da hora programada pelo Pai. Era uma medida de prudência, de bom senso. Estava pondo em prática a orientação dada por Ele a seus discípulos (Mt 10,16). 
Vale a pena aprender com Jesus.



"Converte-se a Jesus e viver o Evangelho"