28/09/2018

Contradições na fé

Por causa de tanta violência que acontece no Brasil apresentada em grande variedade e muitas vezes com grande requinte de maldade, nosso povo sofredor se pega com qualquer tipo de gente que se apresente como única taboa de salvação. É isso, a meu ver, que explica o fenômeno Jair Bolsonaro. Para grande parte dos brasileiros ele é a solução.
Mas eu queria oferecer alguns pontos de reflexão para as pessoas que o escolhem como o melhor candidato para a eleição deste ano.
Vejamos: nosso irmão Jair adotou para sua campanha este lindo slogan: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Parabéns para ele. É isso que deve ser proclamado e acima de tudo ser vivenciado.
Ocorre, porém, que o candidato passa a se expressar desta maneira: Bandido bom é bandido morto; O soldado que mata dez bandidos merece um prêmio; simpatizantes do PT devem ser fuzilados; mulher negra e feia não presta nem pra ser estuprada; mulher tem que ganhar menos que o homem porque engravida; a ditadura militar não foi melhor porque não matou mais gente, só torturaram. E assim por diante.
Agora eu pergunto: Isso está de acordo com Deus que no slogan dele deve estar acima de todos?
A conversa de Deus é esta: Amai uns aos outros (Jo 15,12);  “Perdoai até 70 vezes 7” (Mt 18,21-22); “Não é bom que o homem esteja só... Então Javé Deus formou a mulher e a conduziu ao homem” (Gn 2,18.21-23); “Não pagueis a ninguém o mal com o mal; procurai fazer o bem diante de todos; vivei em paz com todos, se possível, enquanto depende de vós. Não façais justiça com as próprias mãos, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, pois está escrito: “Sou eu que farei justiça, eu é que retribuirei”, diz o Senhor.” (Rm 12,17-19);  E a Caim que, após matar seu irmão Abel, estava com medo de ser morto também: “Disse Caim a Javé: “Grande demais é meu castigo, para que eu possa suportá-lo! Vós me expulsais hoje desta terra e terei de esconder-me longe de vós; serei fugitivo, vagando sobre a terra; e todo aquele que me encontrar poderá me matar”. Javé lhe disse: “Quem matar Caim será punido sete vezes!” Javé pôs em Caim um sinal, para que não fosse morto por quem o encontrasse” (Gn 4,13-15).
Estão vendo? As declarações do homem não batem com as declarações de Deus.
No agir dele (do homem), Deus não estão acima de todos. E se ele não respeita Deus, como esperar que ele vai respeitar o povo depois de eleito?
E tem mais um detalhe. Diz ele:  “não fiz nada errado, não fiz mal a ninguém, sou inocente!” Aí eu me lembro do que Jesus falou: “Quem olhar para uma mulher desejando-a em seu coração já cometeu adultério” (Mt 5,28). É o que ocorre: não matou, mas incentiva o pessoal a matar. Tornou-se comparsa do policial assassino, já é assassino em seu coração.
E essa história de colocar arma de maneira indiscriminada na mão do povo é mais um grande desastre para a população. Vai ser um bang-bang a toda hora e ao ar livre, qualquer discussãozinha e tome bala. Brincadeira hein gente!!!
Um detalhe pra nós. Então você que pensa em votar no homem, votar no capitão é tornar-se conivente com sua pregação de apoiar a violência. Não creio que você vá fazer isso. Violência gera violência.

21/09/2018

Os pobres podem ganhar as eleições

Prestem bem atenção no que vou falar. Nós os pobres podemos ganhar as eleições. Por que eu digo isso? Simplesmente porque formamos a grande maioria dos eleitores brasileiros. Veja: o eleitorado brasileiro se compõe, hoje, de 147,3 milhões de pessoas. Desse total de gente 52 milhões aproximadamente são pobres e novecentos mil são ricos. Então se nós os pobres nos reunirmos em torno de um mesmo ideal – justiça social ou melhoria de vida para todos – então poderemos tirar do poder esse regime que tanto nos machuca e colocar um regime de governo que faça justiça libertando-nos, assim, da miséria ou quase miséria em que vivemos. Você não acha que estou certo?
            Estão vamos fazer assim: comparemos o governo atual com o governo passado. Qual dos dois é ou foi mais confortável para o cidadão brasileiro? Qual dos dois foi melhor para o Brasil? Pense e tome sua decisão. Observem então quem ou quais entre os candidatos que aí estão corresponde ou correspondem ao ideal de bem servir ao povo. Então vote nesse ou nesses cantidato/os.
            Não esqueça: o político é um empregado do povo, é seu empregado. Nós o escolhemos e lhe entregamos um mandato para ele nos servir e não para ele se servirem de nós como está acontecendo atualmente.
            Escolha o/os melhor/res candidato/os. Assim unidos no mesmo pensamento e na mesma decisão ganharemos a eleições, pois somos a maioria dos eleitores. De acordo?

14/09/2018

É uma Gracinha...


Tenho escutado entrevistas de candidatos/as às próximas eleições e uma coisa me tem chamado à atenção: fala-se e de tudo menos do essencial. Fala-se de mais atenção aos pobres, de assistência social, de aborto, de respeito ao grupo LGBT, de economia, de construir mais hospitais, de aumento de contingente policial, de matar bandidos e simpatizantes de partidos de esquerda e tema outros de menor importância.
Mas quase ninguém fala de justiça social, de educação de qualidade e do retorno a Deus. Gente, o pobre não precisa de esmola, não precisa de cesta básica e similares; pobre precisa é de justiça social. Isso sim. Mas nossos/as ilustres candidatos/as na grande maioria passa por cima desse assunto fingindo não conhecê-lo.
Também não levam em conta a figura central da vida, Deus. Deus tornou-se tabu no linguajar e no agir dos políticos. Eles atendem mais ao disparate grafado na Constituição brasileira: O Estado é laico. Gente, não pode e nem deve existir Estado laico! Pode haver isso sim, Estado descomprometido com modalidades de credos religiosos. Porém, Estado sem Deus, é absurdo, não pode existir. Pois Deus é o Supremo Ser, é o Supremo Legislador. Só Ele tem força para manter a humanidade em perfeita ordem. Caminhar sem Ele, é simplesmente quebrar a cara. “Sem mim nada podeis fazer”, disse Jesus (Cf. Jo 15,5) e o Salmo 33 acrescenta: “Feliz o povo, cujo Deus é o Senhor” (Cf. Sl 33, 12).
É exatamente por isso que a humanidade está sempre na pior: os governantes teimam em governar sem Deus.  

07/09/2018

A questão é...


Às vezes me perguntam: Pe. Guilherme, o senhor já tem seu candidato? E eu repondo: sim, meu candidato é você, meu candidato é o povo. Ou seja, minha preocupação é ver o povo bem servido, feliz com sua condição de vida. É este o foco. 
Daí para termos um povo bem servido, um povo feliz, temos que ter bons servidores, bons trabalhadores. Esses trabalhadores nós povo é que vamos procurar entre esses que estão se colocando à nossa disposição. Cada brasileiro é responsável para fazer a escolha.
Chamo sua atenção para sua tarefa de escolher. Cuidado! Muito cuidado! Estamos entre a cruz e espada: se vacilarmos podemos nos ferir. Quero dizer: se votarmos errado colocamos quatro longos anos de sofrimento cada vez pior. Não dê bobeira.
O critério para votar certo é você, é o povo: temos o direito de se feliz.  
Então observe bem: esse candidato que você pretende escolher tem como projeto o bem social, a justiça? Ou será que interessa a ele é apenas pegar sempre mais dinheiro para ele e assim, enriquecer cada vez mais? Eu me decido pelo que se propõe a lutar para que a justiça social aconteça, para que o povo seja feliz. O outro candidato não me serve; só serve para a mulher dele e seus filhos.
Creio que você concorda comigo: votar em favor do povo, não em favor da ganancia de candidato.
O foco é você e o povo. Eis a questão.