30/11/2021

Segurança, um caso perdido?

 


Veja a resposta deste cidadão que estava se libertando da prisão ao repórter que o entrevistava e lhe fazia esta pergunta: E agora o que o senhor pretende fazer daqui para frente a fim de manter sua família?

O homem simplesmente respondeu: vou voltar a roubar, pois tem muita gente dependendo de mim.

Veja: o policial depende de mim; o advogado depende mim; o juiz depende de mim; o comerciante depende de mim; os banqueiros e funcionários do banco dependem de mim; até mesmo os políticos dependem de mim! E por aí vai.

Como posso deixar de roubar, se tanta gente e instituições dependem de mim?

Infelizmente o ladrão está certo em suas declarações.

E agora? Como sair dessa? Aparentemente não tem solução mesmo. Mas tem sim! É só o governo querer (todos que compõe o conjunto do governante). E como o governo está viciado em não querer, mais uma vez depende do povo. Depende de nós. E só uma conscientização seguida de uma forte pressão popular sobre as autoridades pode resolver o problema.

É sempre assim, a bata quente sempre cai em nossa mão. O abacaxi sempre sobra pra nós.


18/11/2021

De olho no funcionário


 Uma de nossas seguidoras fez a seguinte observação a propósito de minha fala sobre a escolha de candidato a cargo político: “Ninguém tem letreiro na testa”. Queria ela com isso focalizar a dificuldade para se encontrar um bom candidato.

A observação de nossa companheira de caminhada me leva a insistir no assunto.

Realmente é difícil descobrir o bom candidato no tempo atual, porque primeiro, esse candidato praticamente não existe nos quadros da atual política brasileira. Segundo, porque o povo brasileiro não desenvolveu o hábito de identificar, acompanhar e avaliar seus representantes. A gente vota praticamente na base do chute. Não mostramos responsabilidade com o que fazemos. Se der deu! Com isso elegemos os espertalhões e amargamos as consequências.

Então, o que estou fazendo hoje é pedindo ao povo que acorde e assuma seu compromisso de patrão na escolha do seu empregado e acompanhamento do seu trabalho no desempenho de seu cargo.

Por isso volto a insistir: escute comentaristas políticos e converse com pessoas de sua amizade sobre os candidatos que se dispõem à eleição. Aprovar ou não esse ou aquele candidato é responsabilidade sua. De sua escolha depende a vida de dias melhores para você e para o povo de sua cidade, do seu Estado e, consequentemente de todo o Brasil.

Caruaru tem excelentes comentaristas. Ligue para as rádios e se informe. Descubra também pela internet. Eu sei que isso exige tempo para a escuta, mas é preciso ser feito. Caso contrário fica nessa lenga-lenga: de pior a pior, como a cantiga da perua.

Vamos à luta!

12/11/2021

Miséria: falta fé nos dois lados

 


Muito acertadamente falou o Flávio José ao lastimar em sua canção o porque do Brasil não ser o seu país, declarando: “Onde nunca os humildes são ouvidos e uma elite sem Deus é quem domina”. Digo que ele tem razão porque vendo a ação do Congresso nacional em relação ao povo é simplesmente deplorável. Só puxam do povo. Só enriquecem cada vez mais à medida que fazem o pobre se afundar cava vez mais. E quando fazem alguma coisa em favor do povo estão simplesmente armando uma jogada para pegar o voto na próxima eleição. O negócio é manterem seu emprego pelo qual recebem o salário do tamanho que querem e que eles mesmos decidem.

Quem tem fé não faz isso com seus irmãos.

E o povo? O povo na sua esmagadora maioria também não tem fé. Pois se o povo tivesse fé não permitiria que seu vizinho passasse fome ao seu lado, sem uma ação concreta em favor dele, sem nada fazer, para ajudá-lo a sair daquela situação de precariedade.

Mas atenção: Não quero dizer com isso que o povo brasileiro é um povo ateu não. Quero dizer que é um povo cuja fé é uma fé passiva, inoperante que não leva à ação. É a fé sem obras da qual fala são Tiago que acrescenta: “a fé sem obras é morta” (cf. Tg 2,26). Se tivéssemos uma fé viva, ativa, atuante, facilmente mudaríamos o destino do nosso povo buscando a solução junto aos governantes, que são os grandes responsáveis por isso.

É preciso voltar-se para Deus e obedecer o grande mandamento: “Amai-vos uns aos outros”. (cf. Jo 13, 34).

06/11/2021

Mudando as peças

 Para o processo de trocar o político que elegemos e estamos sentindo que não está desempenhando bem o trabalho para o qual ele foi eleito lhe sugiro seguir estes passos:


1. Coloque em suas atividades do dia a dia o hábito de escutar comentaristas políticos pelo rádio, TV, jornais ou redes sociais. Você vai encontrar três tipos de cometários: a favor dos pobres, a favor dos ricos (a tal elite) e a coluna do meio (nem um lado, nem outro). Por esses comentaristas você percebe quem são as pessoas. Vão mostrando que tipo de gente são esses políticos e candidatos ainda não eleitos.


2. Iniciada a campanha eleitoral (definidos os candidatos) procurar saber quem são eles: tipo de pessoa na sociedade familiar e civil. Ver o que pretendem fazer depois de eleitos. Ver quem está mais do lado do povão ou do ricão. Ligar para pessoas da cidade onde mora o candidato (informar-se com seu parente, seu amigo, lideranças de sua igreja, delegacia, e assim por diante), e acompanhar o guia eleitoral.


3. Conversar com seus parentes e amigos a respeito do candidato que acha que merece sua escolha.


Escolha e vote naquele(a) que você perceber que é o melhor para você e para o povo em geral. Evite pensar só em você. Cuidado com promessas capciosas. É toda a comunidade que está em jogo e não você sozinho(a).

Depois das eleições continue acompanhando o trabalho do cidadão/cidadã que você escolheu a fim de avaliá-lo no final do mandato.

Somos responsáveis uns pelos outros. Não esqueça disso.