Vimos os acontecimentos em
Brasília na quarta-feira passada (24/05/2017). O protesto do povo chegou à
escala da violência ao ponto até de danificar prédios públicos. O Temer com o
seu pessoal respondeu ao povo com polícia e exercito para manter o que chamou
de “ordem pública”. Uma gracinha!
Pense bem: quem iniciou a quebra
da ordem pública? Foram eles mediante o processo de reformas constitucionais
claramente prejudiciais ao povo: desatenção à saúde pública, à educação, à
aposentadoria etc. Tirando os direitos do povo já garantidos por lei isso não é
violência? O famoso salário mínimo que leva o povo a passar necessidade chegando
até, em muitos casos, à desnutrição e, consequentemente, à morte prematura,
isso não é violência? Claro que é. E grande violência!
E o povo? Como tem se comportado
o povo? Recorde: o povo tem se manifestado de maneira calma, paciente. Mas de
tanto constatar o ouvido surdo por parte dos governantes e, pior ainda, a
pressa deles em aprovar suas reformas às caladas da noite pegando, assim, mais
dinheiro nosso, os ânimos foram se esquentando mais e mais. Ai deu no que deu.
Mas a culpa não é do povo não; a culpa é deles. Eles é que são os verdadeiros
agressores do povo. É ai que está à violência.
Os opressores têm à mão as forças
armadas. Os oprimidos não têm. Agem então com o que têm: a inteligência, a voz,
a coragem, e poucos instrumentos de agressão.
Mas como nossos políticos são
verdadeiros artistas e têm a força nacional e a imprensa a seu favor, invertem
a posição: eles lutam pelo bem-estar do povo, dizem; e o povo age com
violência, com baderna como dizem alguns comunicadores míopes.
Que cabras sabidos... Mas deixa
eles; um dia a casa cai.