Saudação de ano novo

 

Ao cumprimentar os amigos por ocasião da passagem de ano ouve-se muito expressões como estas: "Feliz ano novo!", "Feliz ano novo com muito sucesso e prosperidade!", "Que o novo ano venha cheio de graça e muitas realizações!", "Feliz ano novo com muita paz e sucesso!", "Que o ano novo seja de muita paz, alegria e realizações!", " Que o ano novo seja melhor do que este!", "Que o ano novo traga muita paz, dinheiro e sucesso!". E assim por diante. 

Mas nunca escutei falar assim: “Que o ano novo seja mais uma oportunidade de crescimento em saúde, sabedoria e graça”. É assim que nos sugere Jesus (cf. Lc 2, 40). Veja bem isso aí. Percebam que cada ano que Deus lhe dá é mais uma oportunidade que Ele oferece para a realização do grande ideal que Jesus apontou para nós: “Sede perfeitos como vosso pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48).  Será que pensamos nisso? Ou só pensamos nas iguarias, bebidas, amigos, na alegria da festa? Cuidado, pois não somos deste mundo, nossa habitação é no céu (cf.  Jo  14, 2; 17,16). 

Então vamos aproveitar este novo ano para crescer em santidade!

É esta a nossa tarefa neste mundo: conhecer, amar e servir a Deus. Seremos premiados com a convivência feliz com Ele na eternidade.

Portanto, que este novo ano seja para todos nós muito rico em bens materiais e espirituais.

Natal

Jesus esta chegando aí. Quer se encontrar com você. Você está pronto para isso? Você se preparou? Seguiu a orientação de João Batista? Quem se lembra do que ele falou? “Preparai os caminhos do Senhor. Mostrem verdadeiros frutos de penitência.”  É isso aí. Preparar-se para receber Jesus no natal é arrancar do coração  tudo o que pode atrapalhar o encontro com o Deus feito homem. É arrancar os pecados que lhe afeiam para realizar o grande encontro. É arrepender-se do que tem feito de ruim e confessar os pecados. 

Você se confessou neste advento? Não? Então perdeu seu tempo. Está fora do projeto divino. E não diga que confissão é besteira, não. Confissão foi Jesus que criou para dar às pessoas o instrumento para reconciliar-se com Ele (cf. Jo 20,19-23).

Mas não precisa adoecer, entrar em depressão não. A Igreja continua com todo o arsenal de forças para passar a quem desejar sinceramente caminhar com Jesus. Está autorizada a passar  o perdão de Deus. Autorizada a lhe reconectar com o divino Salvador. 

Procure o padre e não dê bobeira. É Cristo que salva você. 

Vê que proeza!

 

Há poucos dias os jornais e emissoras de rádio e TVs noticiaram estas duas façanhas do governo: O governo brasileiro acaba de aprovar projetos que liberam financiamentos para 50% do valor do botijão de gás de cozinha e para financiar absorventes para jovens mulheres de famílias de baixo poder aquisitivo. Uma proeza mesmo!!!

E ainda escutei políticos se achando bacanas por terem sido autores do projeto ou se gloriando por ter o congresso aprovado tais proezas.

Falando sério, eu no lugar desses parlamentares ficaria era morto de vergonha. Pois esses projetos e aprovações demonstram com toda evidência o descaso dos nossos políticos em relação ao povo brasileiro. Pois o que eles precisam fazer é acabar, de uma vez por todas, a lamentável condição de “gente de baixa renda” e estabelecer salário justo para que todos levem uma vida digna, confortável, suficiente para se viver feliz. Aí sim eu aplaudiria com entusiasmo nossos parlamentares.

Do jeito que estão fazendo eles merecem é ser trocados através do voto por pessoas de maior competência e responsabilidade no exercício do mandato.

Já se confessou?

 

Eu não conseguia entender porque Frei Damião de Bozzano quando estava em missão no Salgado (Paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo) sempre perguntava a alguém que lhe pedia oração para curar sua doença: “Você já se confessou?” Eu ficava incucado pensando comigo mesmo: Por que essa pergunta? Que tem a ver confissão com doença? Ora, pecado é uma coisa, doença é outra. Nada a ver uma com a outra.

Isso me levou a pensar mais. Eu comecei a me lembrar de que graça é vida, pecado é morte. Ou seja: quem peca perde a graça (vida) entra na morte. Por que fica sem Deus que é a Vida (cf. Jo 15, 5) e perdendo a vida da graça a pessoa fica sem força para manter a vida do corpo.

Então o corpo sentindo o perigo que lhe acerca pelo risco de consumar a morte definitiva manda sua mensagem de alarme para a central de si mesmo (cérebro) responsável pela manutenção da integralidade da vida. Esse alarme que chamamos de doença na realidade é um sintoma que está dizendo: tem algo errado por aqui.

E o que é que tá errado? Está faltando a vida da graça no corpo. E Jesus que é a vida disse para todos: “Sem mim nada podeis fazer” (cf. Jo 15,1-6).

Foi quando entendi que Frei Damião de Bozzano estava certo. Se a pessoa pedia cura para sua doença então deveria logo se confessar para obter o perdão de Deus e assim ter a vida da graça de volta. Tendo a graça de volta a pessoa ficava habilitada para ter também a cura do corpo.

Você já tinha pensado nisso? Pois é, o frade estava certo.

Só pra não morrer

 

Tive informação de que a equipe econômica do governo estava fazendo cálculos exaustivos para decidir o valor mínimo possível destinado ao benefício a ser liberado para a pobreza nos ditos programas sociais. Sim, o mínimo possível para o povo a fim de sobrar o máximo possível para eles e os grandes ricos que são beneficiados por esse trocadilho econômico.

E nós o povão que eles chamam de “gado” formamos filas enormes diante de agências bancárias para receber as minguadas doses do dinheiro disponibilizado. Dinheiro que já é nosso por direito e o povo quase nem se lembra disso. Eles nos passam de maneira tão perversa.

E para aumentar nossa dor ainda há quem diga que o nordestino tem que comer é capim, que pobre não pode andar de avião, que filho de pobre não pode fazer curso superior, não pode frequentar a faculdade.

Pois é, estamos comendo na corda como animal em tempo de seca: comer de maneira racionada para não faltar alimentos para os outros.

Não acha você que está na hora de melhorar a qualidade do nosso voto?

Segurança, um caso perdido?

 

Veja a resposta deste cidadão que estava se libertando da prisão ao repórter que o entrevistava e lhe fazia esta pergunta: E agora o que o senhor pretende fazer daqui para frente a fim de manter sua família?

O homem simplesmente respondeu: vou voltar a roubar, pois tem muita gente dependendo de mim.

Veja: o policial depende de mim; o advogado depende mim; o juiz depende de mim; o comerciante depende de mim; os banqueiros e funcionários do banco dependem de mim; até mesmo os políticos dependem de mim! E por aí vai.

Como posso deixar de roubar, se tanta gente e instituições dependem de mim?

Infelizmente o ladrão está certo em suas declarações.

E agora? Como sair dessa? Aparentemente não tem solução mesmo. Mas tem sim! É só o governo querer (todos que compõe o conjunto do governante). E como o governo está viciado em não querer, mais uma vez depende do povo. Depende de nós. E só uma conscientização seguida de uma forte pressão popular sobre as autoridades pode resolver o problema.

É sempre assim, a bata quente sempre cai em nossa mão. O abacaxi sempre sobra pra nós.

De olho no funcionário

 Uma de nossas seguidoras fez a seguinte observação a propósito de minha fala sobre a escolha de candidato a cargo político: “Ninguém tem letreiro na testa”. Queria ela com isso focalizar a dificuldade para se encontrar um bom candidato.

A observação de nossa companheira de caminhada me leva a insistir no assunto.

Realmente é difícil descobrir o bom candidato no tempo atual, porque primeiro, esse candidato praticamente não existe nos quadros da atual política brasileira. Segundo, porque o povo brasileiro não desenvolveu o hábito de identificar, acompanhar e avaliar seus representantes. A gente vota praticamente na base do chute. Não mostramos responsabilidade com o que fazemos. Se der deu! Com isso elegemos os espertalhões e amargamos as consequências.

Então, o que estou fazendo hoje é pedindo ao povo que acorde e assuma seu compromisso de patrão na escolha do seu empregado e acompanhamento do seu trabalho no desempenho de seu cargo.

Por isso volto a insistir: escute comentaristas políticos e converse com pessoas de sua amizade sobre os candidatos que se dispõem à eleição. Aprovar ou não esse ou aquele candidato é responsabilidade sua. De sua escolha depende a vida de dias melhores para você e para o povo de sua cidade, do seu Estado e, consequentemente de todo o Brasil.

Caruaru tem excelentes comentaristas. Ligue para as rádios e se informe. Descubra também pela internet. Eu sei que isso exige tempo para a escuta, mas é preciso ser feito. Caso contrário fica nessa lenga-lenga: de pior a pior, como a cantiga da perua.

Vamos à luta!

Miséria: falta fé nos dois lados

 

Muito acertadamente falou o Flávio José ao lastimar em sua canção o porque do Brasil não ser o seu país, declarando: “Onde nunca os humildes são ouvidos e uma elite sem Deus é quem domina”. Digo que ele tem razão porque vendo a ação do Congresso nacional em relação ao povo é simplesmente deplorável. Só puxam do povo. Só enriquecem cada vez mais à medida que fazem o pobre se afundar cava vez mais. E quando fazem alguma coisa em favor do povo estão simplesmente armando uma jogada para pegar o voto na próxima eleição. O negócio é manterem seu emprego pelo qual recebem o salário do tamanho que querem e que eles mesmos decidem.

Quem tem fé não faz isso com seus irmãos.

E o povo? O povo na sua esmagadora maioria também não tem fé. Pois se o povo tivesse fé não permitiria que seu vizinho passasse fome ao seu lado, sem uma ação concreta em favor dele, sem nada fazer, para ajudá-lo a sair daquela situação de precariedade.

Mas atenção: Não quero dizer com isso que o povo brasileiro é um povo ateu não. Quero dizer que é um povo cuja fé é uma fé passiva, inoperante que não leva à ação. É a fé sem obras da qual fala são Tiago que acrescenta: “a fé sem obras é morta” (cf. Tg 2,26). Se tivéssemos uma fé viva, ativa, atuante, facilmente mudaríamos o destino do nosso povo buscando a solução junto aos governantes, que são os grandes responsáveis por isso.

É preciso voltar-se para Deus e obedecer o grande mandamento: “Amai-vos uns aos outros”. (cf. Jo 13, 34).

Mudando as peças

 Para o processo de trocar o político que elegemos e estamos sentindo que não está desempenhando bem o trabalho para o qual ele foi eleito lhe sugiro seguir estes passos:

1. Coloque em suas atividades do dia a dia o hábito de escutar comentaristas políticos pelo rádio, TV, jornais ou redes sociais. Você vai encontrar três tipos de cometários: a favor dos pobres, a favor dos ricos (a tal elite) e a coluna do meio (nem um lado, nem outro). Por esses comentaristas você percebe quem são as pessoas. Vão mostrando que tipo de gente são esses políticos e candidatos ainda não eleitos.

2. Iniciada a campanha eleitoral (definidos os candidatos) procurar saber quem são eles: tipo de pessoa na sociedade familiar e civil. Ver o que pretendem fazer depois de eleitos. Ver quem está mais do lado do povão ou do ricão. Ligar para pessoas da cidade onde mora o candidato (informar-se com seu parente, seu amigo, lideranças de sua igreja, delegacia, e assim por diante), e acompanhar o guia eleitoral.

3. Conversar com seus parentes e amigos a respeito do candidato que acha que merece sua escolha.

Escolha e vote naquele(a) que você perceber que é o melhor para você e para o povo em geral. Evite pensar só em você. Cuidado com promessas capciosas. É toda a comunidade que está em jogo e não você sozinho(a).

Depois das eleições continue acompanhando o trabalho do cidadão/cidadã que você escolheu a fim de avaliá-lo no final do mandato.

Somos responsáveis uns pelos outros. Não esqueça disso.

Apontando a solução

 Pelo exposto nos dois artigos anteriores creio que já podemos apontar a causa de tanta desigualdade social e de tanto sofrimento que isso gera para todos.

No meu entender a fonte geradora de tudo isso está no próprio povo, sobretudo no povo colocado na marginalidade pela diabólica esperteza dos exploradores.

Quero dizer: já época do antigo patriarcado e na época do surgimento e incremento da industria cresceu cada vez mais a classe dos grandes ricos que para se tornarem tais caprichavam na exploração dos trabalhadores deixando-os com baixos salários (enquanto eles tornavam-se sempre mais ricos).

O mundo da economia foi crescendo cada vez mais e acabou por desencadear e gerar a crise do capitalismo atual. Só percebem e se interessam praticamente por dinheiro.

Esses homens são vistos pelo povo como pessoas de nível superior. E por conta disso e por uma quase inexplicável reação psicológica se coloca em posição de inferioridade aceitando quase automaticamente a colocá-los na liderança política, não tendo dificuldade de escolhê-los para candidatos a cargos eleitorais. E sem maiores exigências os elegem de fato titulares do poder.

E aí haja sofrimento para o próprio povo visto que elegeram administradores e legisladores que normalmente só pensam em enriquecerem sempre mais, puxando sempre de algum modo o dinheiro do povo para aumentar o seu patrimonio. Não lutam pelo bem do povo. Quando fazem qualquer coisa em favor do povo já o fazem interessados no voto e não no bem estar da comunidade.

Mediante tudo o que fica dito chega-se à lamentável conclusão: o povo deu bobeira e criou seus próprios algozes. Isto me faz lembrar o dito do profeta Oseias 4,6: “Por falta de conhecimento meu povo foi destruído”

Agora só vejo uma saída: é o povo mudar o seu modo de agir. E trocar os políticos exploradores por políticos servidores. Pois, político é um empregado do povo. E como tal deve servir ao povo e não se servir do povo.

Essa tarefa de mudar as peças da política só é possível pelo voto. Só você, meu amigo(a) é capaz de fazer isso. Só você e mais ninguém. Se quer bem-estar para você e seus irmãos assuma com responsabilidade e bravura sua posição de eleitor. Repito: só pelo voto temos o poder de recuperar as condições de vida do povo brasileiro.

É trocar as peças!

Veja o próximo artigo tendo informações complementares para lhe dar.

O que fazer? Qual a solução?

 

Desde a minha infância eu vislumbrei o problema do desconforto humano. No início eu ainda não tinha dominado o traquejo do raciocínio. Mas percebi algo estranho. Por exemplo, me inculcava bastante o fato de ver durante a construção do Projeto de desenvolvimento do Núcleo Colonial do Vale de São Francisco, na época, Comissão do Vale do São Francisco, em Barreiras, Petrolândia PE. Pessoas que chegavam em belos carrões conduzidos por motorista (chofer, na época) especial com conversa bonita enquanto meu pai, e outras pessoas do lugar que andavam de jumento, e as vezes, nem podiam comprar uma cangalha ou uma nova sela para o seu animal. Também não entendia bem porque os mais idosos diziam a seus filhos, genros, ou pessoas outras de seu convívio em tempos de eleição: “Não esqueça de que foi graças ao Dr. Fulano que não morremos de sede ou de fome”.

E outras coisas mais chegavam aos meus ouvidos, coisas que eu já percebi quando era eram boas ou quando eram más. Fui crescendo, crescendo e tudo isso ia pululando no meu juízo.

Comecei a identificar as coisas. Deparei-me com o problema da injustiça social, do desrespeito às pessoas, da imoralidade, e outras coisas mais. Decidi-me dedicar-me a fazer o bem.

Resolvi seguir o caminho do sacerdócio. Pensava eu: sendo padre fica mais fácil fazer o bem.

Fui para o Seminário. Estudei, recebi o presbiterato. Fui nomeado coadjutor da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo em Caruaru PE. Não demorei muito e criei com boa parte da comunidade paroquial uma associação filantrópica com o objetivo de fazer o bem ao povo pobre tendo em vista a luta pela libertação do povo: libertação do pecado (o maior mal da humanidade) e a libertação da injustiça social terrível flagelo e infligido ao povo brasileiro.

Hoje, depois de 52 anos de trabalho levanto a pergunta: Onde está a solução para o grande problema da injustiça que é geradora de tantos outros problemas para o nosso povo?

Veremos no próximo artigo.

Comunismo, bicho papão dos capitalistas para assombrar e enganar o povo

 Em seu costumeiro habito de enganar o povo os capitalistas, no Brasil, costumam lançar mão do

comunismo para enganar o povo e, assim, consequentemente serem reeleitos. É que o povo em sua maneira cristã de viver sabe do pedido de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima: “Rezem para o comunismo se acabar e não invadir o mundo”. Os pastorinhos rezaram, o povo rezou e de fato, o comunismo perverso dos tempos de sua origem no mundo acabou-se. Não existe mais aquela barbaridade dos inícios. Isso se acabou e teve seu fim selado pelo papa João Paulo II e o presidente da Rússia Mikhail Gorbatchov. Portanto, o comunismo que ainda existe em alguns lugares do mundo (China, Vietnã, Laos, Coreia do Norte e Cuba) é um comunismo mais leve, mais normal e bem mais civilizado, mais humano. É algo que não mete medo em ninguém.

E é bom notar que quando Nossa Senhora recomendou a oração para acabar o comunismo ela não aprovou e nem recomendou o capitalismo não. Pense nisso!

E é bom lembrar também que o capitalismo é tão ruim quanto o comunismo nos seus moldes antigos. Só que ele mata de maneira aparentemente civilizada mas tão perversa quanto no comunismo.

E no Brasil vinte milhões de pessoas estão passando fome bem como, há uma multidão de gente, morando nas ruas e dormindo nas calçadas. Estão morrendo aos poucos.

E isso não é só fruto do comunismo não. O capitalismo é quem está governando o Brasil atualmente.

Acorda, meu povo! Estão nos enganando!

Festa no Seminário

Pela primeira vez participei do tríduo da festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira do Seminário do mesmo nome, do qual é padroeira (de 24 a 26/09 de 2021). Festa bonita. Coral bem afinado, liturgia bem executada, boa afluência de público, celebrantes com homilia bem centrada, não esquecendo a participação fraterna de sacerdotes provindos de várias comunidades paroquiais como também de varias comunidades religiosas das quais destaco a OVS (Obra das Vocações Sacerdotais) e a Comunidade Jesus Misericordioso. Entre as pregações proferidas chamou-me particular atenção a homilia do padre Hélder diretor do propedêutico que discorreu de maneira sábia sobre as dores de Maria Santíssima. Discorreu tão bem que me fez repensar meu conceito sobre o assunto. Meu pensamento era: Maria não sofreu dor alguma. Isso porque tendo ela sido concebida sem a mancha do pecado original não tinha porque sofrer visto que a doutrina da Igreja Católica afirma que o sofrimento entrou no mundo por causa do pecado. Não havia portanto motivo para Nossa Senhor sofrer. E eu dizia: a não ser por uma questão de solidariedade com seu filho. Eu vinha inculcado com essa história do profeta Simeão que falou: “uma espada de dor transpassará sua alma” (cf. Lc 2,35). Vejo aí o sofrimento moral, psicológico, e não físico. Ela falou a Jesus menino: “Teu pai e eu estávamos aflitos a sua procura” (Lc 2,48). Sofrimento moral. Vendo seu filho morrer na cruz, sofreu muito com certeza realizando a tal profecia do velho Simeão. Como sabemos que o psicológico atinge o físico fica realmente à vista o sofrimento de Maria. Parabéns para o padre Hélder. Mas até segunda ordem, continuo acreditando que Maria não sofreu as dores do parto. E o digo baseado no fato de que a concepção de Jesus foi miraculosa por ter sido por obra do Espírito Santo. Se houve milagre na concepção por que não poderia haver no nascimento? Lembremo-nos de que Jesus entrou na sala onde estavam os apóstolos, estando as portas fechadas (cf. Jo 20,19).

Viver feliz V

 

Trago para sua reflexão o que considero o quinto amor maior de sua vida: o amor ao Brasil. Sim amor por este país lindo, rico, que Deus fez e nos deu de presente. Para nós brasileiro ele é o paraíso bíblico que Deus nos reservou. Agora é amá-lo, cultivá-lo, zelá-lo e vivermos felizes dentro dele. Ele é sem dúvida alguma o quinto amor de nossa vida.

Então, gente, foi o Brasil que nos gerou, nos alimentou, nos educou até o dia de hoje. E continua farto para nos servir tudo o que necessitamos.

Agora preste atenção: o Brasil é muito grande em territória e muito grande em população. População linda, variada, talentosa, portadora de tudo que você imagina de bom. Por isso mesmo é que estrangeiros gananciosos vivem de olho em nós.

Por sermos muitos brasileiros, sentimos naturalmente a necessidade de termos alguém colocado por nós no trabalho de administrar o bem ou o patrimônio que é de todos nós. É daí que nasce a figura do político.

O político é uma pessoa que se coloca à disposição do povo para o trabalho de administrar o bem de todos em favor de todos. Na prática acontece assim: várias pessoas se colocam diante da sociedade para ser ou não ser escolhidos para a função de prefeito, vereador, ou de governador, ou de presidente, ou ainda deputado, senador. Então se marca o dia da escolha. É o que se chama “Dia da Eleição”. Aí todos os brasileiros de idade habilitada vão ao lugar de votação apontado pelo juiz eleitoral para a escolha do seu candidato/a. Apurados os votos e empossados os escolhidos/as, temos uma equipe de funcionários que vão nos servir durante quatro anos na administração do bem comum em favor de todos e de cada um/a.

Agora preste atenção. Hoje no Brasil 19.000,000 [dezenove milhões] de pessoas estão passando fome. E agora pense você: Um deputado federal tem como salário o valor de 33. 763,00., e tem mais uns privilégios que aumentam o salário dele em mais de 64%… o que equivale a 21,608,32. São auxilio paletós, plano de saúde, auxílio moradia, entre outros. Portanto, o salário de um deputado é, em sua totalidade, 55.371,03. O mesmo vale para o senador.

O presidente da República tem como salário 30.934,00, mais benefícios de 10.610,00, chegando a um valor bruto de 41.544,00. E isso sem contar com um cartão em aberto que ele usa para gastar o quanto bem quiser. Segundo dados recolhidos na internet.

O Congresso Nacional se constituí 81 senadores, mais 513 deputados. Isso quer dizer que, a soma dos deputados e senadores com o presidente da republica, juntos custam para nós mensalmente o valor de, 5.760.907,182.

E o salário do povo? É o salário mínimo que hoje está em 1.100,00.

Vem então a pergunta que não cala: Você acha que o eleitor escolheu esses funcionários tendo esses valores como pagamento? E o povo ficar na pior? Tá na cara que não, não é verdade? Mas uma vez atenção meu povo: todo eleitor brasileiro está convidado a agir com muita responsabilidade política na função de votar. Cuidado em quem você escolhe para governar sua cidade, seu estado, seu país.

Escolha o candidato pelo que ele pensa, qual é o seu projeto, seu modo de governar para bem servir ao povo. Não pode ser escolhido pela cara ou por promessas vãs, promessas simplesmente interesseiras para ganhar voto.

O político é empregado do povo para bem servir ao povo e não para explorar o povo. Só um governante honesto e justo nos interessa. Pois só pela justiça social é que podemos levar uma vida feliz. Sem excluir evidentemente o lado espiritual.

Sem justiça social o povo não pode ser feliz! Falta recursos que nos garante a sobrevivência. E todo brasileiro tem o direito de viver feliz sempre.

Viver feliz IV

Mais um ponto importante que condiciona o nosso viver feliz: O amor a natureza. 

 Nós fazemos parte dela. Somos cada um de nós um pedaço dela. Entre os elementos que a compõem, o ser humano está situado no chamado reino animal. Ou seja, entre os animais eu sou um deles. Você também é. A única diferença entre nós e os outros animais é que nós temos inteligência reflexiva. Ou seja: somo capazes de raciocinar. Os outros animais agem de maneira instintiva. 

 Como membros que somos da natureza, somos todos interdependentes. Dependemos do sol que nos fornece a luz, o calor, a energia… dependemos da lua, das estrelas que nos fornecem a luz noturna e os seus encantos de beleza, dependemos das nuvens que nos mandam chuvas, dependemos da terra que nos fornece o alimento com todos os componentes minerais, dependemos das árvores que nos fornecem o ar puro, das abelhas que fecundam as plantas que nos alimentam, dos insetos, dos pássaros. E por ai vai. Dependemos totalmente da natureza. Daí nossa responsabilidade perante ela. É uma necessidade perante ela e nós, e uma ordem expressa em Gênesis 2,15. 

 Portanto, todo cuidado é pouco com a natureza. Os adultos por favor evitem estragá-la e orientem as crianças para crescerem mantendo e promovendo o zelo pela mãe natureza. Nada de matar as plantas, nada de maltratar e matar os animais. Todos animais e elementos constitutivos da natureza contribuem de algum modo para o nosso bem. O importante mesmo é bem usufruir dela e cantar com o salmista as glórias de Deus que a fez e colocou-nos dentro dela (Cf. Sl 148). 

 Respeitar a natureza é uma forma de louvar a Deus!

Viver feliz III

 

Para a vida fluir feliz vamos vivenciar também o que nos indica o ponto três desta série de artigos. 

Amemos as pessoas. Pessoas de casa, da vizinhança, companheiros de trabalho, colegas da escola, gente de sua cidade, enfim, gente de todo mundo. “Todos somos irmãos” como disse Jesus em Mateus 23,8b. 

Fazendo assim a vida se torna alegria, um sorriso permanente. 

Ausência de violência, de roubos, de assassinatos, de todo tipo de brutalidade. E aí vivenciamos aquela declaração bonita do Salmo: “Como é bom e agradável os irmãos viverem em união” (cf. Sl 133,1). Então, o segredo é viver como Jesus ordenou: “amarás o teu próximo, como a ti mesmo” (cf. Mc 12,31), e pondo em pratica esta orientação também de Jesus: “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles”(cf. Mt 7,12).

Então, aí está a terceira condição para você viver sempre feliz. 

Viver feliz II

 Continuemos a conversa. Para viver feliz realize também o ponto dois.

Ame pra valer a pessoa mais importe para você neste mundo. Sabe quem é ela? É só olhar no espelho: é você mesmo(a)!

Creio piamente que você gosta de você mesmo(a), que você se ama. Estou certo?

Então já que você quer tanto bem a você, já que você se ama tanto, então zele essa pessoa preciosa que é você!

Evite colocar dentro de seu corpo elementos que lhe fazem mal, que prejudicam sua vida. Exemplo: pra que ingerir álcool? Pra que colocar nicotina nos pulmões? Pra que ingerir droga de qualquer tipo dentro de você? Você sabe que essas coisas tiram aos poucos sua vitalidade, levam você a dar desgosto à família tirando de todos a paz e a alegria até mesmo dos amigos. E daí surgem as insatisfações, agressões, crimes, mortes…

Assim você deixa de se amar e amar as pessoas. Desse jeito não vale a pena viver. Você deixou a fonte da vida trocando-a por intenções rotas, como diz as Escrituras: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. (cf. Jr 2,13).

Ou seja: você deixou Deus fonte da vida e de toda felicidade, agarrou-se a bagatelas que tanto mal lhe causam. Você deixou de viver feliz. A sugestão é: volte ao grande amor da sua vida, você mesmo(a).

Viver feliz - I

 

Você quer viver sempre feliz? Claro que quer. Não é verdade? Então faça assim: 

Viver em perfeita sintonia com Deus. Isso é claríssimo. Por que? Porque sem Deus você não é, não faz, não consegue absolutamente nada. Você nem existiria. Não temos capacidade inata de nos fazer aparecer no mundo. Tudo parti de Deus. 

São Paulo confirma isso de maneira clara quando diz ao povo de Atenas: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra [...], é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (Atos 17, 24a.25b.26-28a).

Viu como estou certo? É isso aí! Sem Deus  perde-se tudo. 

Doença: sua causa

Quando o médico examina um doente ele procura descobrir o que está faltando no corpo da pessoa como parte integrante para se ter saúde completa. Aliás aquilo que normalmente chamamos de doença, não é doença, é o sintoma da doença ou seja: é o aviso do corpo dizendo que algo está errado.  Aviso dizendo falta um elemento indispensável para a saúde permanecer. É uma falta ou é um excesso de alguma coisa.   

Deixe-me dizer outra coisa. Se você deixar de ir ao filtro ou ao pote para tomar água, o que lhe acontece? Adoece e morre. A ausência da água, portanto, foi quem lhe matou. 

A origem e causa do Covid-19 é o desligamento da fonte da vida que a humanidade aprontou pela desobediência a Lei de Deus. Esse desajustamento recebe o nome técnico de pecado.  Você duvida disso? É só dar uma olhada ao seu redor, começando por sua própria casa. O pecado está reinando de maneira lamentável em todo mundo. O próprio pecado já é uma doença, pois é o desligamento de Deus, fonte da vida. 

Onde está a solução? É todos se voltarem para Deus, fonte da vida, pelo processo da conversão. Veja Mateus 4,17: “Convertei-vos!”    

O maior vírus

 Indubitavelmente o maior vírus, o vírus que assola a humanidade é o pecado. Você pode rir, chamar-me de ingênuo, fanático, ignorante ou desatualizado. Mas eu garanto: se você refletir, pensar com sinceridade você vai perceber que eu tenho razão.

Porém, há um vírus de certa maneira pior do que o próprio pecado. É aquele que promove o pecado. E nesse setor o governo é o campeão. Falando do governo não me refiro somente ao Presidente não. Refiro-me a todo o conjunto político que governa o país. Em especial destaco o Congresso Nacional, como também o Superior Tribunal de Justiça. Falo assim porque são eles os legisladores e manipuladores da lei.

E nessa tarefa legislam mais a favor deles mesmos do que do povo. E na sua conhecida ganancia pelo dinheiro em busca de mais riqueza não tem o menor escrúpulo em determinarem salários gigantes para si, recheados de grandes privilégios que os leva aos grandes patamares da fortuna.

A favor do povo nem sequer a lei que garante o bem-estar da população eles respeitam, pois a lei diz: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social […] salário mínimo, […] capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo…”. (Art 7, parágrafos, IV – Constituição Federal do Brasil de 1988). Pois é, nem isso eles fazem.

Somos responsáveis pelo nosso país em tudo. Por sermos uma quantidade imensa de gente, necessitamos nos organizar para que o nosso Patrimônio Comum esteja ao alcance de todos. Daí a necessidade de temos pessoas encarregadas para administrar os nossos bens em favor de todos.

É aqui que entra a figura do político. Político é alguém que o povo escolhe para garantir o bom serviço em favor de todos. É portanto, um funcionário ou empregado do povo. Nós o escolhemos para nos servir.

No Brasil estamos vivenciando um grande desastre: nossos políticos - por falta de habilidade do povo em exercer o seu poder supremo - eles não nos servem. Eles se servem de nós. O descuido e a ignorância do povo em matéria de política criaram esta tragédia: empregados que simplesmente sugam do patrão, o povo. E a coisa é tão grave e cronica que é muito difícil a gente se sair dessa.

Estamos vivendo a atriste realidade descrita na Bíblia Sagrada: “Quando o governante é justo o povo se alegra, quando não, o povo geme” (cf. Pr. 29,4). Estamos vivenciando a segunda afirmativa do texto.

Estamos sofrendo tremendamente por causa deles e por causa de nós mesmos. Eles porque se desviaram do seu dever para com o povo, e nós porque os escolhemos.

Para resolvermos este problema só vejo uma solução: você, eu, cada um dos brasileiros, sobretudo dos brasileiros que empregamos, é que, unidos, temos que arrancar este carnegão do nosso país. Os ricos acham bom ficar como está pois estão na boa. Você pobre é que tem que agir.

Vamos escolher daqui para frente políticos bons, políticos que sirvam ao povo e não políticos que se servem do povo.

Basta de injustiça, basta de miséria, de fome, de depressão, de suicídio, de violência, tudo isso gerado por essa gente.

O dinheiro do país é nosso e não deles. É o dinheiro que juntamos através dos impostos e colocamos nas mãos deles para uma distribuição justa entre o povo. Basta de injustiça, repito.

Só com a justiça, o amor e a fé em Deus é que poderemos ser felizes. Como está não dá mesmo.

Você, meu irmão e eu, somos responsáveis por tudo isso. Somos nós que damos ou não damos o poder à eles.

Escolha um bom funcionário na próxima eleição. Capriche na sua escolha. Precisamos ser felizes.

Ah! Se fossemos unidos!

 Meus queridos irmãos e irmãs, cristãos e cristãs.

Se fossemos obedientes a Jesus não estaríamos sofrendo tanto por conta dos aumentos contínuos de produtos essenciais à nossa subsistência: combustível, gás de cozinha e produtos alimentícios. Estamos literalmente sendo empurrados para a miséria. Com o mesmo dinheiro com que comprávamos essas coisas há seis meses, estamos pagando as coisas de hoje com preços majorado. Quero dizer, tudo aumenta, menos o nosso dinheiro. Onde vamos parar?

Tenho uma sugestão que daria certo se fossemos cristãos de verdade, se obedecêssemos a ordem de Jesus que disse: “Amai-vos uns aos outros” (cf. 13,34).

Qual a ideia? É que todos os brasileiros (eu falei todos) deixem de usar o seu carro pessoal até que o governo desatrele o preço dos nossos combustíveis da oscilação do dólar ou do preço de barril do petróleo lá do Oriente. O Brasil não depende disso para ter seu combustível e consequentemente para manter o preço sensato de nossa gasolina, nosso diesel e nosso gás de cozinha. Somos um país autossuficiente em matéria de petróleo, temos nossas refinarias e, por isso, não precisamos depender de ninguém nesse assunto. O que está nos maltratando, nos empurrando para a miséria é a política equivocada e danosa do nosso país.

Até quando? Apelo para nossas lideranças populares. Gente, isso não é coisa de Deus!

É largar o carro e usar transporte coletivo. Ou a bicicleta, a carroça, o cavalo, o jumento ou mesmo andar a pé.

Lembro-me do belo exemplo que nos deu o povo alemão: O governo quis aumentar o preço da gasolina e todo mundo parou o carro onde se encontrava naquele momento. Logo, o governo recuou. É por aí a saída também para o Brasil.

Tu és pó

 

A expressão que mais me impacta no rito de celebração da Missa de Quarta-feira de Cinzas é está: “Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar”. É que esta expressão nos transporta à origem da humanidade e ao mesmo tempo também, infelizmente, do desastre da mesma.

Deus que disse ‘façamos o homem à nossa imagem e semelhança’ agora tem o desprazer (se é que se pode falar assim) de dizer a respeito dessa sua imagem e semelhança: és pó.

Isso Ele falou ao homem que com sua mulher, inspirados pelo do espírito mal, estavam os dois com a pretensão de “serem como deuses” Quebraram a cara como se diz em linguagem popular. O pior é que quebrando a cara Adão e Eva quebraram também a nossa cara. Ou seja, estamos sofrendo toda a consequência daquela insana pretensão e consequente decisão tomada pelo primeiro casal do mundo: comer o fruto da árvore proibida. Ou seja, a decisão de desobedecer ao mandamento do Criador. O sofrimento humano aí está e está retratado de maneira mais que evidente no sutil e perigoso “Covid-19”. Você acha que não? Continue pensando assim e me apresente argumento convincente.

Deus nos fala de muitas maneiras. O covid para mim, é o grande apelo de Deus dirigido mais uma vez a seu povo através do profeta Isaísas: “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente." (cf. Is 55,6-7s)

É este portanto o caminho para acabar com a peste: voltar-se para Deus.

Vamos rezar!

 

Está chegando mais uma quaresma. Quaresma é tempo de mais um grande apelo de Jesus feito através da Igreja para a conversão. É o convite inaugural do trabalho de Jesus quando esteve corporalmente entre nós.

Eu sempre procurei mergulhar dentro de mim mesmo para perguntar-me: será que eu melhorei durante o tempo que me separa entre a última quaresma e esta que chega?

Continua de pé e pronunciado em timbre cada vez mais forte o grande convite: “Convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1,15). Ao longo de sua caminhada missionária Ele sempre insistia no tema quando dizia, por exemplo: “Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito” (Mt 5,48).

A Campanha da Fraternidade que a Igreja Católica realiza todos os anos, neste ano vem na mesma direção: é apelo apoiando-se particularmente em Efésios 2,14a que diz: “ […] Ele, do que era dividido, fez uma unidade”.

A Igreja fiel à missão de Jesus faz hoje o mesmo apelo do seu Mestre. Isto significa que é preciso acabar com essas brigas idiotas entre igrejas cristãs ou mesmo com grupos religiosos não cristãos. Pois todos procuramos o Deus único. Os caminhos é que são diferentes. Todos somos irmãos (Mt 23,8).

É preciso rezarmos de verdade para vencermos o egoísmo e o orgulho que nos causam tantos conflitos.

De quem a vitória?

 

Quem venceu na eleição da Presidência da Câmera e do Senado? Quem saiu vitorioso?

Aí os comentaristas políticos dizem: foi uma vitória acachapante de Bolsonaro. Outros dizem: foi vitória do Centrão. Eu digo: foi vitória do dinheiro do povo só que contra o próprio povo. Sim, porque o presidente pegou o dinheiro do povo para comprar o Parlamento em vista da escolha de seus candidatos. Quinhentos e quatro milhões de reais foram gastos na compra. É o famoso “toma lá dá cá” em pleno funcionamento. No meu entender essa dinheirama ficaria melhor empregada se tivesse sido destinada ao alimento do povo desempregado neste tempo de pandemia. Você concorda comigo? É o nosso dinheiro usado contra nós e a favor dos grandes ricos! Aí eu me lembro da fala cômica de nosso saudoso Chico Anísio: “E o povo? Tadinho do povo!”

Mas aí fica demonstrada mais uma vez a qualidade dos homens que nos governam. E consequentemente sinto também a necessidade urgente de mudarmos a qualidade do nosso voto. Votar é escolher mais funcionários para administrar em favor de todos e não só em favor de um pequeno grupo de privilegiados. Pense bem o seu comportamento em tempo de eleições.

Votar mau é sacrificar o povo dentro do qual você e eu estamos durante mais quatro anos. Eleições é coisa séria. Não podemos continuar empurrando com a barriga.

Uma correção talvez

 

Aprendi que em matéria de comunicação o importante é se comunicar, é passar a ideia para o outro. Não interessa que o linguajar oficial esteja correto ou não. Comunicou-se está tudo bem.

Mas eu queria chamar a atenção para uma expressão bastante usual mas que não representa a realidade moral e teológica da coisa. Refiro-me a expressão “livre árbitro”.

Percebemos o uso desta expressão no sentido de que você pode fazer tudo o que quer graças ao seu livre arbítrio. Aí eu me deparo com esse texto da Sagrada Escritura que diz:

“De fato, a sabedoria do Senhor é grande, pois ele é Todo-poderoso e tudo vê. Seus olhos estão sobre aqueles que o temem, e ele conhece cada ação que o homem realiza. Ele não mandou ninguém se tornar injusto e a ninguém deu permissão para pecar.” (cf. Eclo 15,18-20)

Levando-se em consideração esta palavra do livro santo eu concluo que “livre arbítrio” é habilidade de escolher entre coisas boas. Exemplo: Moro na periferia e quero ir ao centro da cidade. Então escolho em ir de bicicleta, ou de moto, ou de ônibus, carro alugado ou mesmo a pé. Isso é um exercício do “libre arbítrio”. Mas escolher entre assaltar o banco tal ou qual isso não é livre arbítrio, é abuso da liberdade. Isso é sair da verdade moral ou teológica.

Verdade é o que está de acordo com a vontade do Criador. O Criador não dá chance para o erro. Começando pelos anjos rebeldes, passando por Adão e Eva e muitas pessoas que optaram pelo abuso da liberdade escolhendo a desobediência a Deus como demonstram várias passagens da Escritura mostrando a pronta reação punitiva por parte da divindade.

A conclusão é esta: “livre arbítrio” é para escolher entre coisas boas. Escolher o mal é abuso não exercício do livre arbítrio. Será que fica claro?