Jesus Nasceu. E você?

Jesus nasceu. Você nasceu também?

Eu nasci também?

Alguém pode me perguntar: Como nascer de novo? É pela conversão que a gente nasce. Não se lembra do que João falou? “Convertam-se, disse ele, pois está chegando o reino dos céus” (Mt 3,2). Então, o nascimento ao qual me refiro é esse aí: Converter-se, mudar o comportamento, a maneira de viver. Por exemplo: A pessoa que é muito estúpida com seus familiares ou colegas de trabalho, nasce com Jesus na medida em que deixa de ser grosso ou, pelo menos, se torna mais delicado. Então, se você melhorou seu modo de ser, nasceu, criou mais vitalidade espiritual.

É porque em matéria de fé não é suficiente crer e ser batizado, é preciso realizar no dia-a-dia o imperativo da fé. É preciso levar em conta aquilo que Jesus falou em sua vida adulta: “Nem todo aquele que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus; mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7,21)

Portanto, nascer com Jesus no Natal não é uma questão de arroubos festivos, mas de vivência coerente com a fé: Fazer a vontade do Pai.

Quem fez assim, quem deu mais um passo na conversão, nota dez. Quem não melhorou sua vida espiritual, perdeu  seu advento e perdeu seu Natal. Cuidado, gente!

Trigo ou palha?

No seu discurso à margem do Jordão, João Batista fala assim a seus ouvintes: “Ele (referindo-se a Jesus) tem a pá na mão para limpar seu terreiro: vai guardar o trigo no paiol, mas a palha ele a queimará numa fogueira que não se apaga” (cf. Mt 3,12) Era um modo diferente de dizer o que já falara antes: “Toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e jogada no fogo” (cf. Mt 3,10).

            E aí eu pergunto a mim mesmo e a você: se por acaso, nós morrermos amanhã, compareceremos diante de Deus na condição de trigo ou palha? Eu sinto que é preciso muito cuidado para não nos desviarmos no longo caminho para a eternidade, onde se dará nossa realização definitiva.

O negócio é não dar bobeira mesmo!

Convertam-se !!!

           

A liturgia deste tempo que vivemos apresenta com insistência a figura de João Batista, que solenemente proclamou o recado de Deus ao povo de sua época: “Convertam-se! Porque está chegando o reino dos céus” (cf. Mt 3,2). E aos fariseus e saduceus que levavam uma vida religiosa muito descomprometida com a mensagem da fé, dizia veementemente: “Raça de víboras, convertam-se de verdade, mostrem frutos os que indiquem a verdadeira conversão! Não venham com desculpa dizendo: somos filhos de Abraão”.

            “O machado já está encostado ao pé da árvore. Toda árvore que não der bom fruto, será cortado, vai pro fogo!” (cf. Mt 3,10)

            E afirma o evangelho: “O povo de Jerusalém, de toda Judéia e do Vale do Jordão ia até ele, confessava seus pecados. E ele batizava todos no Rio Jordão”. (cf. Mt 3,5)

            É isso aí, a turma começou a entender ao apelo divino. Que bom!

Vale a pena

José, esposo de Maria, recebeu mais duas ordens de Deus: “volta para a terra de Israel, pois já morreram os que procuravam matar o menino”. “Avisado em sonho foi para a cidade de Nazaré na Galileia.”

            José, sem pestanejar, obedeceu às duas ordens do Senhor.

            Resultado: Ordens cumpridas, o menino Jesus foi salvo da morte e as profecias se cumpriram: “Do Egito chamei meu filho” (cf. Mt 2,15b); “Ele será chamado Nazareno” (cf. Mt 2,23b).

            Você está vendo? José obedeceu, tudo certo. É a tal história do Salmo 119, 105: “Lâmpada para meus passos é vossa palavra e luz em meu caminho”

Não vale a pena seguir a Deus?