31/08/2019

Mês da Bíblia


A Igreja Católica, no Brasil, determinou que o mês de setembro fosse dedicado à leitura e ao estudo mais aprofundado da Palavra de Deus escrita na Bíblia Sagrada. Inclusive ela sugere sempre um livro para ser estudado pelo povo durante o mês. Para este mês agora está indicado a Primeira Carta de São João.
A iniciativa do Episcopado é muito importante, pois é um modo de chamar a atenção dos fiéis católicos para a necessidade de estarmos sempre em contato com a palavra de Deus. Importante mesmo para os católicos, que são muito falhos neste ponto. Sim, pois, a imensa maioria dos católicos não costuma ler a Bíblia. Atribuo este fenômeno a uma atitude pedagógica falha que a Igreja adotou no passado com o Concílio de Trento, no tempo do surgimento do protestantismo no mundo. Os padres da época se contentaram em dizer ao povo: cuidado com as Bíblias falsas dos protestantes. Quando o certo seria ter levado ao povo um estudo sério da palavra de Deus; traduzido a Bíblia na linguagem do povo e o incentivo permanente para a leitura desta Palavra. Então por conta desse passo em falso por parte da Igreja, o povo começou a olhar a Bíblia com desconfiança ao ponto de muitas pessoas acharem que Bíblia é coisa de protestante e de padres.
Não, gente! A Bíblia é para toda a humanidade.
A Igreja Católica recebeu a responsabilidade de guardar e divulgar todo o patrimônio da fé, mas também a responsabilidade de levar ao povo este patrimônio, pois é por ele que nos vem a Salvação (cf. 2Tm 3,10-17; 4, 1-5).
E eu digo: Gente, vamos ler a Bíblia para aprender com ela a vivermos conforme a vontade de Deus! Faça dela aquilo que o salmista recomenda: “Tua palavra é lâmpada para meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 119, 105).
Sigamos conforme nos fala o livro de Deuteronômio 4,5-8: “Vede! Ensinei-vos leis e costumes como Javé, meu Deus, me ordenou, para que os pratiqueis na terra em que entrareis para possuí-la. Observai-os e cumpri-os, pois serão eles vossa sabedoria e vossa inteligência aos olhos dos povos, os quais, ao ouvirem falar de todas essas leis, dirão: ‘Essa grande nação é o único povo sábio e sensato!’ De fato, que grande nação existe, da qual a divindade tanto se aproxima, como está perto de nós Javé, nosso Deus, toda vez que o invocamos? Que grande nação possui leis e costumes como toda esta Lei que hoje vos proponho?”
É por aí, gente!

23/08/2019

Dia do Catequista


O catequista é aquele (a) que, de maneira muito especial, exerce o seu sacerdócio leigo. É um grande auxiliar de Nosso Senhor Jesus Cristo na divulgação de seus ensinamentos. Participa a seu modo do dom da profecia citada por São Paulo na primeira carta aos Coríntios Capítulo 12. Ser catequista é, portanto um dom, como a vocação. Afora papai e mamãe o catequista é o mais importante cooperador na formação do ser humano e, automaticamente, da sociedade.
São três classes de gente que trabalham na formação humana: pais, professores e catequistas. Todos são muito importantes e indispensáveis: os pais formam a personalidade, o professor a cultura acadêmica, o catequista os filhos de Deus. Três classes de gente que se completam.
Celebrando o Dia do Catequista a Igreja do Brasil, abraça com carinho e gratidão os seus Agentes que trabalham na construção dos filhos de Deus. E ao mesmo tempo em que homenageamos e abraçamos esses irmãos (ãs) ilustres, suplicamos a Deus por mais numerosos Educadores da fé. Pedimos que Deus mande muito mais operários para sua messe no setor da Catequese. E precisamos da particular atenção dos senhores párocos para cuidar cada vez mais do aperfeiçoamento dessa gente, no sentido do conhecimento doutrinário e bíblico e, sobretudo no crescimento da espiritualidade. Os catequistas devem ser modelo de vida cristã, tanto para os catequisandos quanto para a sociedade em geral.
Parabéns e agradecimentos aos nossos Catequistas. Vocês são indispensáveis à vida da Igreja: Sem vocês a igreja não tem como exercer a sua Missão.

17/08/2019

Vida Consagrada



A vida consagrada conforme a Igreja é a vida de entrega total a Deus e a seu reino. É a vida que levam os frades e as freiras como também alguns institutos leigos. É entrega total da pessoas.
            O rapaz ou a moça que se sente chamado para este modo de vida renuncia aos bens deste mundo para ficar totalmente livre para o serviço do Senhor. As coisas mundanas, às vezes pecaminosas, não entram no âmbito dos interesses da pessoa  consagrada.
            Esta consagração total do religioso se faz perceber através dos chamados votos solenes. O religioso emite de maneira solene o seu proposito de doação de si a Deus fazendo os votos de pobreza, obediência e castidade. Por estes votos o religioso renuncia aos bens materiais. Não podem possuir, como próprio, nenhum bem material. O bem que usa não é dele, é da congregação. Pelo voto de obediência o consagrado se obriga à obediência irrestrita às ordens do seu superior.
            Já no voto de castidade a pessoa consagrada se coloca como uma espécie de cônjuge do divino. Meu amor é inteiramente d’Ele, diz o consagrado, seguindo orientação de são Paulo que diz: “Desejo que sejais livres de preocupações. Quem não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, como possa agradar ao Senhor. Mas quem é casado preocupa-se com as coisas do mundo, como possa agradar à mulher, e fica dividido" (cf. 1Cor 7,32-33).
            E, você rapaz? E, você, moça? Já decidiram sua vocação? Estamos precisando muito de gente consagrada ao serviço da humanidade que está por demais carente de Deus. Se você sente no seu intimo uma espécie de força irresistível para essa entrega radical a Deus, para se dedicar ao seu santo serviço, Ele te chama para levar seu amor, sua ajuda e sua misericórdia a esta humanidade enferma. Tenha coragem e vá em frente. Isto é algo de muito sublime.
            Existe um bom numero de ordens ou institutos religiosos conforme a inspiração de seus fundadores. Exemplo: carmelitas, franciscanos, jesuítas, beneditinos, salesianos, redentoristas, conforme o carisma, ou seja, o dom de Deus que o fundador recebeu.
Os candidatos à vida consagrada escolhem o instituto ou ordem religiosa que se adequa ao seu perfil. O serviço que prestam à sociedade acontece em conformidade com o carisma em apreço.

09/08/2019

Dia dos Pais


Por Sebastião Catequista.


Neste segundo domingo de agosto a Igreja celebra na Liturgia, o dia dos pais. No Brasil, essa data é comemorada por todos os setores da sociedade. Mas em se tratando do mês vocacional: O que significa celebrar o Dia dos Pais?
A ideia é ajudar aos pais a fazer uma reflexão do seu papel no seio da família e na vida dos filhos/as a partir das Escrituras Cristãs, sobretudo diante desafios que hoje a sociedade impõe.
Neste artigo, proponho algumas linhas temáticas para ajudar na reflexão desse dia. Creio que é importante aos pais cristãos ter tais virtudes: ser  presença amiga junto aos filhos, não para os controlar, ou vigiar mas no sentido de acompanhar seu desenvolvimento integral lhe garantido o acesso à vida e a liberdade e ajudá-los a discernir por si diante dos desmandos que a sociedade lhes impõe; também como uma pessoa de fé ser modelo orante e incentivador da oração, ajudá-los a vivenciar uma espiritualidade que os valorize como seres plenamente humanos; ser uma pessoa aberta e caridosa sobretudo com os pobres e excluídos e necessitados, que ajude os filhos a serem abertos e cuidar do outro, seu semelhante, sobretudo os que estão à margem da vida, da sociedade; ser uma pessoa amante da vida dos amigos e da família e da comunidade de fé a Igreja. Pois a família é a primeira célula da comunidade e da sociedade, e os amigos/as são excelentes companhias quando verdadeiros, como diz as Escrituras.
Poderia falar de muitas outras virtudes, mas creio que essas são na atualidade virtudes que estão fazendo falta por aí em muitas famílias. Aqui poderia falar da Graça de ser pai, de suas responsabilidades e de quanto carrega dentro de si o sentido da paternidade que nos remete a Deus. Todo pai tem um pouquinho de Deus dentro de si que devota ao seu filho amor filial e paternal, e é propícia a leitura deste domingo quando nos coloca como modelo de educadores dos nossos filhos como os bons administradores das Graças de Deus colocando-os no caminho do Céu.
Essa é a nossa esperança da qual nos fala São Paulo na segunda leitura contextualizando assim a mensagem da primeira leitura que nos informa de quando os filhos celebravam a Páscoa rumo à vida nova. Desse modo as leituras nos chamam a sermos modelos para nossos filhos como aqueles que os educa na fé (Dt 6,4-9).
Celebrar o Dia dos pais lembrando-se dessa linda vocação nos faz parceiros do verdadeiro Pai de Todos, que no seu Amor, nos deu seu Filho para no Filho sermos irmãos uns dos outros sendo filhos Seus. E a graça da paternidade nesta vida é algo imensurável, graça de Deus para os filhos de Adão. Feliz Dia dos Pais.

03/08/2019

Padre hoje

Recebi no whatsap da Ir. Fabiana, freira da Congregação da Imaculada Conceição, por sinal minha prima em terceiro grau, sugerindo-me  aproveitasse o mês de agosto para falar sobre as vocações que a própria igreja do Brasil propõe para a reflexão do nosso povo católico neste mês chamado vocacional. Aceitei a sugestão da Irmã.
            Comecemos então pela vocação sacerdotal. Ao realizar a salvação do mundo pela sua morte e ressurreição, Jesus fundou também a sua Igreja. Ela ficou responsável para passar a Salvação que Jesus conquistou para toda a humanidade. A Igreja forma aquilo que que são Pedro denomina povo sacerdotal (cf. 1Pd 2,9).
            E daí a teologia católica dividiu esse povo sacerdotal em duas formas de vida: o sacerdote leigo e o sacerdote ministerial. Ambos os setores do sacerdócio formam a Igreja que é a grande responsável pela santificação do mundo.
            O padre responde pelo setor de maior destaque: o setor do pastoreio e da sacramentalidade. Ou seja, o padre tem a responsabilidade de levar a humanidade à Palavra de Deus e os Sacramentos que é o canal por onde passa a graça de Deus. Sobre os leigos falarei depois.  
            Quando a Ir. Fabiana me sugeriu o tema das vocações citou aquilo que várias pessoas já me tem falado: o desgosto  de contarmos hoje com um clero ferido pela existência de tanta mediocridade espiritual e vulgaridade no comportamento na vida pratica do dia-a-dia. Eu concordo com a observação do povo ao lastimar a qualidade de seus pastores. Em muitos casos é vergonhoso mesmo.
            E aí muita gente que vive fora da Igreja (e mesmo pessoas de dentro da Igreja) mete a lenha levando de eito toda a realidade eclesial.
Então: como ter vocações se muitos padres empanam a grandeza sacerdotal? Como ter vocações se os padres não passam para a juventude uma formação religiosa completa e séria? A coisa é muito grave e merece outros momentos de reflexão.
Rezemos pela santificação dos nossos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais. Jesus nos recomendou: “Por isso, pedi ao Senhor da messe que mande operários para sua messe”.(Mt 9,38).

Ainda as abelhas


Vamos ainda considerar o tema das abelhas. Não sei se você está lembrado do importante papel que as abelhas realizam no conjunto da natureza e, por incrível que pareça, em favor da humanidade.

Vamos recordar:
1) As abelhas garantem a reprodução das plantas mediante o fenômeno da polinização, ou seja, elas conduzem o elemento fecundador de uma planta a outra. Daí, conclui- se que sem as abelhas não teremos o que comer.
2) São responsáveis pelo equilíbrio do ecossistema. Em outras palavras, as abelhas garantem o entrosamento da variedade de árvores e outros viventes num pedaço de chão.  
Face a tudo isso, quero convidar o leitor amigo para reassumirmos com garra a nossa função de guardiões e administradores do universo em seus componentes e, particularmente em defesa das abelhas. Somos responsáveis pela natureza que Deus nos deu incluindo o cuidado e a preservação com todos os seres vivos. Cuidar das abelhas é questão de vida. Quando mexemos com os enxames e elas nos agridem, estão simplesmente dando um jeito de alertar a você e a mim. Elas dizem assim: Deixem-nos trabalhar pra vocês. Se nos matam, vocês morrerão também. Toma juízo, gente! Zelem por mim que eu zelo por vocês.
E como entender que os políticos, em sua grande maioria, não estão nem aí com este assunto? Eles devem  a nós e a Deus uma conta imensa. Olhe até onde levou o homem o descuido com a natureza da qual ele é o mais importante elo: “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no jardim do Éden, para que o cultivasse e  guardasse . O Senhor Deus deu-lhe uma ordem, dizendo: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque no dia em que o fizeres serás condenado a morrer.” (Gn 2,15). E ainda: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer, a terra será amaldiçoada por tua causa.” ( Gn 3,17 )
Não cuidar da natureza é decretar a própria morte.