A Igreja Católica, no Brasil,
determinou que o mês de setembro fosse dedicado à leitura e ao estudo mais
aprofundado da Palavra de Deus escrita na Bíblia Sagrada. Inclusive ela sugere
sempre um livro para ser estudado pelo povo durante o mês. Para este mês agora está
indicado a Primeira Carta de São João.
A iniciativa do Episcopado é
muito importante, pois é um modo de chamar a atenção dos fiéis católicos para a
necessidade de estarmos sempre em contato com a palavra de Deus. Importante
mesmo para os católicos, que são muito falhos neste ponto. Sim, pois, a imensa
maioria dos católicos não costuma ler a Bíblia. Atribuo este fenômeno a uma
atitude pedagógica falha que a Igreja adotou no passado com o Concílio de
Trento, no tempo do surgimento do protestantismo no mundo. Os padres da época
se contentaram em dizer ao povo: cuidado com as Bíblias falsas dos protestantes.
Quando o certo seria ter levado ao povo um estudo sério da palavra de Deus; traduzido
a Bíblia na linguagem do povo e o incentivo permanente para a leitura desta Palavra.
Então por conta desse passo em falso por parte da Igreja, o povo começou a
olhar a Bíblia com desconfiança ao ponto de muitas pessoas acharem que Bíblia é
coisa de protestante e de padres.
Não, gente! A Bíblia é para toda
a humanidade.
A Igreja Católica recebeu a
responsabilidade de guardar e divulgar todo o patrimônio da fé, mas também a
responsabilidade de levar ao povo este patrimônio, pois é por ele que nos vem a
Salvação (cf. 2Tm 3,10-17; 4, 1-5).
E eu digo: Gente, vamos ler a
Bíblia para aprender com ela a vivermos conforme a vontade de Deus! Faça dela
aquilo que o salmista recomenda: “Tua
palavra é lâmpada para meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 119, 105).
Sigamos conforme nos fala o livro
de Deuteronômio 4,5-8: “Vede! Ensinei-vos leis e costumes como Javé, meu Deus,
me ordenou, para que os pratiqueis na terra em que entrareis para possuí-la. Observai-os
e cumpri-os, pois serão eles vossa sabedoria e vossa inteligência aos olhos dos
povos, os quais, ao ouvirem falar de todas essas leis, dirão: ‘Essa grande
nação é o único povo sábio e sensato!’ De fato, que grande nação existe, da
qual a divindade tanto se aproxima, como está perto de nós Javé, nosso Deus,
toda vez que o invocamos? Que grande nação possui leis e costumes como toda esta
Lei que hoje vos proponho?”
É por aí, gente!