18/03/2014

Maçonaria I

O amigo internauta Francisco Patrício pediu-me para postar alguma informação sobre a Maçonaria. Agradecendo sua visita e comentário ao nosso blog expresso o que sei a respeito do assunto.
                O que sei dizer sobre esta organização social é que se trata de uma sociedade secreta de abrangência internacional. Com suas raízes no tempo da Idade Média, época das grandes construções (século XI a XIII), quando os pedreiros e arquitetos tornaram-se muito importantes para a sociedade. Porém, tal como existe hoje a Maçonaria foi estruturada no século XVIII. É que, em vista de uma certa decadência no século XVI, os pedreiros e arquitetos resolveram abrir as portas da entidade para pessoas nobres, influentes na alta sociedade. Essa nobreza foi imprimindo um rosto novo à antiga Maçonaria que de técnica passou a ser filosófica ou especulativa. Foi quando quatro lojas maçônicas de Londres se uniram, por influencia do protestante francês Teófilo Désaguliers,  formando a Grande Loja da Inglaterra que se atribuiu a função primariamente filosófica ou doutrinal.
                Seu objetivo é criar u’ma humanidade renovada dentro de moldes puramente humanos e leigos. Isto equivale a dizer: criar uma sociedade que não leva Deus em conta; o divino não interessa; a humanidade resolve sozinha o seu problema de aperfeiçoamento.
Veja como se expressa dom Estêvão Bettencourt, osb, em sua explanação sobre a Maçonaria: “Assim a Maçonaria cultua, em ultima analise, a Humanidade apregoada como um grande Todo, um Absoluto, a serviço do qual se deve colocar todo cidadão. Tal culto é a religião universal e superior que se imporá de maneira inelutável na era futura; para essa religião superior é que convergem agora todos os homens (teístas, panteístas, politeístas) que se queiram emancipar de seus hereditários “conceitos infantis” em demanda de um progresso cuja divisa soa: “nem Deus nem mestre”” (Pergunte e Responderemos. Ano 1958, nº 09, questão 9. Página 383).
Como se pode ver a Maçonaria adotou o sistema filosófico deísta, ideia que se espalhou rápida na Inglaterra, França e Alemanha no século XVIII, tendo como principais representantes Voltaire, Diderot e D’Alembert. O Deísmo professa a existência de um Ser Supremo, mas que nada se sabe a seu respeito, pois, ele não se revelou. Não  admitindo a revelação, fica patente que o homem só pode conhecer aquilo que está ao alcance da mente humana. Confirmação deste fato é a afirmação do “Livro do Aprendiz” Maçônico: “não ficarás sabendo na Maçonaria senão aquilo que tu mesmo tiveres encontrado.”

Voltarei ao assunto.

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