27/05/2017

Os artistas


Vimos os acontecimentos em Brasília na quarta-feira passada (24/05/2017). O protesto do povo chegou à escala da violência ao ponto até de danificar prédios públicos. O Temer com o seu pessoal respondeu ao povo com polícia e exercito para manter o que chamou de “ordem pública”. Uma gracinha!
Pense bem: quem iniciou a quebra da ordem pública? Foram eles mediante o processo de reformas constitucionais claramente prejudiciais ao povo: desatenção à saúde pública, à educação, à aposentadoria etc. Tirando os direitos do povo já garantidos por lei isso não é violência? O famoso salário mínimo que leva o povo a passar necessidade chegando até, em muitos casos, à desnutrição e, consequentemente, à morte prematura, isso não é violência? Claro que é. E grande violência!
E o povo? Como tem se comportado o povo? Recorde: o povo tem se manifestado de maneira calma, paciente. Mas de tanto constatar o ouvido surdo por parte dos governantes e, pior ainda, a pressa deles em aprovar suas reformas às caladas da noite pegando, assim, mais dinheiro nosso, os ânimos foram se esquentando mais e mais. Ai deu no que deu. Mas a culpa não é do povo não; a culpa é deles. Eles é que são os verdadeiros agressores do povo. É ai que está à violência.
Os opressores têm à mão as forças armadas. Os oprimidos não têm. Agem então com o que têm: a inteligência, a voz, a coragem, e poucos instrumentos de agressão. 
Mas como nossos políticos são verdadeiros artistas e têm a força nacional e a imprensa a seu favor, invertem a posição: eles lutam pelo bem-estar do povo, dizem; e o povo age com violência, com baderna como dizem alguns comunicadores míopes.

Que cabras sabidos... Mas deixa eles; um dia a casa cai.  

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