“Eu vim para dar vista aos cegos”, acrescentou Jesus em seu discurso
de auto apresentação na sinagoga de Nazaré.
Devolver a
vista aos cegos, para Ele, não significa simplesmente sua capacidade de
recuperar cegos do ponto de vista puramente físico como no caso dos cegos de
Jericó (cf. Mt 20,29-34) mas, sobretudo, a cegueira da mente, a cegueira
espiritual que é mais grave e perigosa que a cegueira física. Foi que ela
arrancou dos lábios de Jesus esta expressão contundente contra os fariseus: “Jesus
disse então: “É para um julgamento que eu vim a este mundo: para que os que não
veem vejam, e os que veem se tornem cegos”. Ouviram isto alguns dos fariseus
que estavam com ele e perguntaram-lhe: “Por acaso também nós somos cegos?”
Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas porque dizeis:
‘nós vemos’, vosso pecado permanece”.” (cf. Jo 9,39-41; Mt 23,16.17.33). Foi
também ela que levou Jesus a derramar lagrimas ao contemplar Jerusalém rebelde
à sua mensagem: “Chegando mais perto, Jesus viu a cidade e chorou sobre ela,
dizendo: “Ah! se ao menos neste dia tu também compreendesses como encontrar a
paz! Mas isto agora está oculto a teus olhos. Porque dias virão sobre ti em que
teus inimigos te cercarão de trincheiras, investirão contra ti e te apertarão
de todos os lados. Eles te destruirão junto com teus moradores que estiverem em
teu meio e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o
tempo da visita de Deus!” (cf. Lc 19, 41-44).
É essa
cegueira espiritual que faz muita gente prosseguir nos desmandos sexuais apesar
de saber que essa prática prejudica a si e aos seus parceiros. Mas, fecham os
olhos, fazem que não veem e prosseguem fazendo besteira. É também a cegueira
mental que leva tantos governantes deste mundo a fazerem guerra sabendo que não
é a solução. E por ai vai... Essa cegueira mental tem feito muito mal à
humanidade. Jesus veio libertar o homem dela mediante sua mensagem sanadora.
Mas o ser humano preferiu continuar em sua cegueira. Daí o desastre. Aquele que
prefere caminhar cego que se cuide, pois o resultado final vai ser terrível
para ele: condenação eterna. Não acredita nisso? Problema seu! “Quem nele crê
não é condenado. Mas, quem não crê, já está condenado, porque não creu no nome
do Filho unigênito de Deus.” (cf. Jo 3,18).
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