Felizes os que tem fome e sede de
justiça, porque Deus os saciará (Mt 5,6). Eis aí a quarta bem-aventurança
escrita no evangelho de Mateus.
A justiça aí pode ser considerada
sob dois aspectos: A justiça espiritual e a justiça social. A justiça
espiritual, a perfeição, a santidade de vida conforme Deus exige de nós (Cf. Lv
19,2) e Jesus recomenda solenemente em Mateus capítulo cinco, verso quarenta e
oito: “Sede perfeitos, como o vosso Pai
celeste é perfeito”.
Então, fome e sede de justiça
significa a busca dessa santidade ou perfeição, envolvendo toda a força do
espirito e do corpo; toda competência humana. É aquilo que Jesus disse
respondendo ao doutor da Lei que lhe perguntou qual era o maior mandamento da Lei:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o
coração, com toda a tua alma e com toda tua mente” (Mt 5,37).
Mas a justiça do cristão não para
aí. Sua justiça só é perfeita quando envolve também a justiça social, o
bem-estar total do irmão. É a segunda parte da resposta de Jesus ao doutor da
Lei: “Amarás teu próximo como a ti mesmo”
(Mt 22,39).
E agora vem o melhor: A quem tem
fome e sede de justiça, no patamar acima descrito, com toda a certeza, Deus
chega com a abundância da sua graça; essa pessoa será saciada a contento. Ou
seja: Deus lhe dará a graça, a força para ela se realizar plenamente, tanto no
sentido de perfeição espiritual, quanto na justiça social, o bem-estar do povo,
pelo menos no que diz respeito ao seu campo de ação. O que depende dos outros,
são outros quinhentos. É que nem todos aceitam a orientação de Jesus: “Convertam-se” (Mt 4,17). Mas ao que tem
fome e sede de justiça, pode crer, não lhe faltará nada, pois Deus é fiel (1Co 10, 13).
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