12/06/2012

Vida Plena

Falei no artigo anterior que a graça santificante é condição indispensável à vida humana. E por quê? Porque o ser humano foi programado para morar com Deus participando intimamente de sua própria vida (cf. Jo 6,40; 1Jo 2,29). Isso é dom (doação gratuita) do próprio Deus ao homem que criou. Trata-se de um extraordinário gesto de amor. É o que nos revela a Sagrada Escritura: “Vede que prova de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos”.

Então insisto: graça santificante é vida de Deus em nós, em você. É aquela vida que Adão e Eva perderam no inicio da história humana e que Jesus nos devolveu na plenitude dos tempos pela sua morte e ressurreição (cf. Hb 1,2; Mt 26,28) isto nos faz concluir: os alimentos que nos sustentam o corpo não são suficientes para nos manter na condição humana. Pois ser homem é ser corpo material e alma espiritual.  E o alimento da alma é a graça, graça que nos santifica; graça que nos tira da morte do pecado e nos coloca na vida de Deus. Portanto quem não está na graça de Deus está morto, consoante a afirmação de são Paulo ao falar da condição da viúva leviana “Mas a viúva que só busca prazer, mesmo se vive já está morta” (cf. 1Tm 5,6). E Paulo tem razão, pois a parte mais nobre do composto humano é a alma. É ela quem penetra na eternidade. O corpo fica na terra. No céu o corpo será diferente, será um corpo glorificado. Então fique bem claro: pecado não serve para ninguém; pecado é morte. O homem foi feito para viver e viver eternamente (cf. Mt 5,46).

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