11/04/2014

Maçonaria III


Para concluir nossas reflexões sobre a Maçonaria, gostaria de fazer um confronto entre o pensamento da entidade em apreço e o da Igreja Católica.
Inicialmente a Maçonaria vivia em plena união com a Igreja, vez que foi no meio de pedreiros e arquitetos católicos da Idade Média (séculos XI a XIII) que ela nasceu. Inclusive sua primeira constituição reza assim, no capítulo sobre “Deveres para com Deus e a Religião”: “Teu dever primordial, como maçom, consiste em seres fiel a Deus e à Igreja e em te preservares dos erros e da heresia”. Já a constituição de 1738 (Depois da organização dos estatutos em 1717) reza assim: “O maçom, por sua profissão, está obrigado a obedecer a lei moral, e, se conhecer bem a sua arte, não será nem um ateu estúpido nem um libertino religioso. Mas, embora nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a pertencer à religião desse país ou dessa nação, qualquer que fosse ela, agora julgamos mais conveniente não mais os obrigar senão à religião na qual todos os homens concordam entre si, deixando a cada um as suas opiniões particulares. Isto quer dizer que os maçons devem ser homens bons e verídicos ou homens de honra e probidade, embora diferenciados entre si por convicções e denominações várias. Desta forma a Maçonaria se tornará o centro de união e o meio de constituir uma verdadeira amizade entre pessoas que, de outro modo, ficariam forçosamente em perpétuo afastamento umas das outras.”
Como se vê por esses textos, há uma radical oposição entre a ideologia maçônica e a doutrina católica. A Maçonaria é essencialmente racionalista, enquanto que o Catolicismo se volta inteiramente para o sobrenatural. Ou seja: A Maçonaria só conta com o talento humano para atingir seus objetivos; o Catolicismo conta com o talento humano e com a força de Deus revelada através dos tempos e exarada na Bíblia Sagrada e na Tradição Cristã.
Portanto, ser Católico e Maçom simultaneamente é navegar numa flagrante contradição mental e prática. Isso não quer dizer que católicos e maçons não possa ter amizade entre si; claro que pode. E neste caso só o respeito mútuo pode garantir uma boa e tranquila amizade.
           

            Espero ter atendido, a contento, a solicitação do internauta Francisco Patrício e registro aqui, mais uma vez, o meu agradecimento pela participação no nosso blog. 




















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