“Felizes os que promovem
a paz, porque Deus os terá como filhos” (Mt 5,9).
Declaração
solene de Jesus:
A paz.
Coisa que todos desejam, mas quase ninguém quer. Digo isso porque quem quer
atingir um objetivo automaticamente busca os meios para isso. E, no caso da
paz, só temos um instrumento para usar. Esse instrumento se chama conversão.
Não há outro. É por isso que Jesus, sabiamente, iniciou suas instruções para a
humanidade dizendo: “Convertei-vos” (Cf.
Mt 4,17).
E o que é converter-se? É sair do
erro para a verdade, é sair do mal para o bem, é sair da perversão do mal para
a salvação de Deus, é sair do pecado para a graça, é aceitar e praticar o
ensinamento de Jesus. Queiram ou não queiram, só temos este caminho.
Então veja: A paz não vem através
de “tratados de paz” entre os governantes desde mundo. Podem fazer o que
quiserem, mas ela não chega. Aliás, Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá”
(Jo 14,27). É, o mundo quer oferecer a paz através de tratados, guerras ou
mesmo pelo medo entre as nações. A paz procede exclusivamente de Deus; é dom de
Deus, é um presente de Deus que é dado a quem se propõe a aceita-lo pelo
processo da conversão. Deus está como que, ansioso para nos passar esta paz, conforme
nos atesta o livro do Apocalipse, no capítulo três, versículo vinte: “Eis que estou à porta e bato; se alguém
ouve a minha voz e abre a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele
comigo”. Foi também pela vontade de nos trazer a paz, que Ele nos mandou
seu próprio Filho para nos salvar através da morte de cruz. “Paz aos homens de boa vontade”, cantam
os anjos no dia em que Jesus nasceu (Cf.
Lc 2,14). E o profeta Isaías diz a respeito dele: “Será chamado [...] Príncipe da paz” (Cf. Is 9,5). Essa paz, fruto
da conversão, traz para as pessoas uma paz completa: paz do espírito, paz da
consciência, aquela tranquilidade emocional completa. Ela é inteira paz consigo
mesmo, com Deus e com o próximo. É coisa que o mundo não consegue dar.
Por aí nós percebemos que,
realmente, a paz procede de Deus. Não adianta pensar de outro jeito porque não
dá.
Então a pessoa que promove a paz
para si mesmo e para os outros, essa pessoa tem garantida a filiação divina. É
Jesus que o afirma: “Subo a meu pai e
vosso pai” (Cf. Jo 20,17). E o mesmo João confirma dizendo: “Vede com que amor o Pai nos amou: somos
chamados filhos de Deus e o somos de fato!” (Cf. 1 Jo 3,1). Confira, ainda
1João 3,10 e João 1,12.
Essa filiação, é claro, é uma
filiação adotiva, mas real, como ficou demonstrado. Filho de Deus em sentido
absoluto, só Jesus (Cf. Jo 1,14).
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