Você ainda se lembra do Hino
Nacional Brasileiro? Aquele hino que as crianças da escola, no meu tempo de
menino, cantavam com muito entusiasmo, em posição de sentido, antes de começar
as aulas? Você ainda o conserva na sua memória? Que hino bonito nós temos, não
é gente?! Nosso hino diz assim: “Ouviram
do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante ...”
Então eu
estive pensando a propósito do dia 7 (sete) de setembro que acaba de passar.
Pensei assim: Cadê o “povo heroico”? Onde está esse povo? Sim, porque da
maneira que estão conduzindo o Brasil, o “povo heroico” já devia ter se
manifestado e mostrado, mais uma vez a sua garra. Mas veja o que está
acontecendo, por exemplo, aqui mesmo entre nós: Há três meses, eu com um grupo
de amigos, organizamos um abaixo-assinado em favor do rio Ipojuca e, para nossa
vergonha, ainda não conseguimos nem duas mil assinaturas. E olhe que distribuí
pelas igrejas, escolas e faculdades de Caruaru mais de 45 (quarenta e cinco)
mil panfletos ensinando direitinho a fazer a assinatura via internet. Cadê o
nosso “povo heroico”? Será que os padres, pastores e diretores das escolas não
fizeram o serviço direito na distribuição dos panfletos? Será que os (as)
alunos (as) jogaram o panfleto fora ao invés de entregar aos pais ou
responsáveis? Nem eles mesmos assinaram? Que aconteceu? Parece que o “povo
heroico” morreu e não deixou descendentes. Ou será que os seus descendentes
estão fugindo a luta contrariando, assim, a afirmação do nosso Hino Nacional?
Pois o retrato da indiferença, da apatia, da acomodação está bem claro aí no
nosso abaixo-assinado.
Não pode
ser assim não, gente! Por conta dessa nossa acomodação é que os nossos
políticos já estão vendendo praticamente, todo o património deste país. São sessenta
empresas que estão querendo vender, e são as empresas mais rentáveis do país. Se
esse processo de privatização for, realmente efetuado, vamos voltar a ser
colônia, a ser escravos e a ficarmos nas mãos de estrangeiros. E assim deixamos
de ser o povo livre, o povo da liberdade que conquistamos à margem do rio
Ipiranga. É hora do “povo heroico” ressurgir gritar e gritar, de novo, o “brado
retumbante” de outrora. Do contrário, o sol da liberdade se apaga. E aí ...
Aguente as consequências!
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