22/06/2018

Buscando o Candidato VIII


Mais uma boa qualidade que deve ter o (a) candidato(a) a cargo político: saber escutar as pessoas. Essa é mais uma qualidade muito importante. Não falo aqui daqueles contatos demagógicos ou quase demagógicos que os políticos fazem às vésperas das eleições simplesmente interessados no voto, não. Falo daquela conversa espontânea que ele/a já usa no dia no dia-a-dia do seu existir.  É conversa de pessoas do convívio amigo que se estende naturalmente para os que estão, agora, sob seus os cuidados de governante.
Nesses contatos com as pessoas comuns (não somente com sua panelinha) o (a) governante vai percebendo as reais necessidades do povo. E aí vai vendo por onde encaminhar sua ação administrativa. Então, talvez perceba que o que planejou ou pretende fazer não está na prioridade da comunidade. E aí, se for um verdadeiro administrador(a) vai refazer seu projeto, a sua ação na direção do que o povo quer e precisa realmente. Aqui faz sentido o que dizia o velho Chacrinha: “Quem não se comunica se estrumbica!” E isso pode acontecer com qualquer líder face a seus liderados: são os políticos, os bispos, os padres, lideres de diversos.
            Quebram a cara por falta de conversa com seu povo. Quantos líderes religiosos (cito particularmente os padres que estão mais dentro do nosso convívio clerical) que caem nessa esparrela.  Começam a fazer coisas sem consultar primeiro o seus fieis e com isso vão perdendo a amizade do povo chegando, às vezes, até precisarem de uma transferência. Que pena! Falou comunicação, faltou conversar com o povo. Caiu na do Chacrinha: “ se estrumbicou”.
Então, o político precisa governar sempre de fronte erguida, vivendo feliz, espontâneo com sua gente. Caso contrário ele(ela) cria para si e sua gente um ar pesado, um ambiente azedo que só faz mal. Aguentar quatro anos um individuo desse no governo não é nada fácil.
            Escutar as pessoas é fundamental. Informa o Êxodo: “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores; sim, conheço suas aflições.” (Ex 3,7).  

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