Mais uma boa qualidade que deve
ter o (a) candidato(a) a cargo político: saber escutar as pessoas. Essa é mais
uma qualidade muito importante. Não falo aqui daqueles contatos demagógicos ou
quase demagógicos que os políticos fazem às vésperas das eleições simplesmente
interessados no voto, não. Falo daquela conversa espontânea que ele/a já usa no
dia no dia-a-dia do seu existir. É
conversa de pessoas do convívio amigo que se estende naturalmente para os que
estão, agora, sob seus os cuidados de governante.
Nesses contatos com as pessoas
comuns (não somente com sua panelinha) o (a) governante vai percebendo as reais
necessidades do povo. E aí vai vendo por onde encaminhar sua ação
administrativa. Então, talvez perceba que o que planejou ou pretende fazer não
está na prioridade da comunidade. E aí, se for um verdadeiro administrador(a)
vai refazer seu projeto, a sua ação na direção do que o povo quer e precisa
realmente. Aqui faz sentido o que dizia o velho Chacrinha: “Quem não se comunica se estrumbica!” E
isso pode acontecer com qualquer líder face a seus liderados: são os políticos,
os bispos, os padres, lideres de diversos.
Quebram a
cara por falta de conversa com seu povo. Quantos líderes religiosos (cito
particularmente os padres que estão mais dentro do nosso convívio clerical) que
caem nessa esparrela. Começam a fazer
coisas sem consultar primeiro o seus fieis e com isso vão perdendo a amizade do
povo chegando, às vezes, até precisarem de uma transferência. Que pena! Falou
comunicação, faltou conversar com o povo. Caiu na do Chacrinha: “ se estrumbicou”.
Então, o político precisa
governar sempre de fronte erguida, vivendo feliz, espontâneo com sua gente.
Caso contrário ele(ela) cria para si e sua gente um ar pesado, um ambiente
azedo que só faz mal. Aguentar quatro anos um individuo desse no governo não é
nada fácil.
Escutar as
pessoas é fundamental. Informa o Êxodo: “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores; sim, conheço suas aflições.” (Ex 3,7).
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