Os católicos sabem: no início da quaresma (tempo que vai da
quarta-feira de cinzas até a sexta-feira santa) a Igreja inicia esse tempo
litúrgico com a imposição das cinzas sobre a cabeça do povo que vai à missa
nesse dia. Este gesto de impor cinzas sobre o corpo remonta dos tempos do
Antigo Testamento que indicava o arrependimento do pecado contra Javé.
Lembramos o episódio de quase destruição de Nínive que escapou graças à
penitência feita (cf. Jn 3). Também o uso das cinzas ocorreu entre outras
personalidades do Antigo Testamento.
No Cristianismo adotou-se este
rito desde o início da caminhada da Igreja. A liturgia penitencial impunha
cinzas e vestes penitenciais sobre o pessoal que pretendia ser cristão ou mesmo
para quem já era cristão que eram absolvidos publicamente nas celebrações de quinta-feira.
Por essa explicação compreendemos bem
o sentido das cinzas em nossa liturgia: é um forte chamado a penitência e à
conversão permanente. Daí se vê muito bem que se a pessoa não estiver com a disposição
para a conversão e penitencia realizou apenas um gesto folclórico. Essa pessoa
mentiu para o povo e para Deus. Cuidado pessoal. Convertei-vos é o grito de
guerra que Jesus nos trouxe (cf. Mt 1,15).
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