05/06/2015

Prazer ou Saúde?

Prazer ou saúde? Qual o melhor?  
            Convertei-vos!” (cf. Mt 3,17) Converter-se é sair do erro para a verdade, do pecado para a graça. E a conversão tem que ser plena: ela envolve  a alma e o corpo. É assumir a verdade do espírito e do corpo. É ter saúde total. É este o interesse de Jesus. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10,10). E é bom lembrar que tudo nesta vida exige sacrifício; até mesmo para comer indiscriminadamente o que é gostoso; gasta dinheiro com o petisco e, depois, vai gastar mais ainda com medico e com remédio. E isto sem falar do desconforto fisiológico que sofre. É a confirmação também do que Jesus disse: “Estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida” (cf. Mt 7,14). Isto vale tanto para o lado espiritual quanto para o carnal.
Dentro do meu trabalho de orientação para a saúde sempre encontro uma dificuldade no pessoal. Enquanto estou na parte de mentalização, motivação para uma vida melhor, tudo bem. Mas, quando chega a hora de propor a mudança no estilo de vida, ai a turma chia. Poucos aceitam renunciar o simples prazer de uma comida gostosa (sobretudo guloseimas) para adotar um tipo de alimento menos gostoso, porém, mais sadio, mais útil para se viver bem. E ai fica o impasse. Muitos desistem de nossa orientação para prosseguir na lisonja do paladar que aprecia muito o que é gostoso sem levar em conta a própria saúde. Esquecem a orientação de Jesus: “
            Então, o bom é fazer assim: comer comida gostosa sim, contanto que seja saudável. Afinal de contas quem dá o sabor é o tempero. E há muitas opções para se conseguir um bom tempero. Não é verdade?

Então, prazer ou saúde? E eu respondo: os dois. O importante é amar a vida e usar o bom senso. 

22/05/2015

Revendo

Depois de apresentar minha sugestão no artigo anterior, fiquei meio grilado. Pensei: mas será que as sementes de hortaliças que encontramos no comércio são confiáveis? Será que aquele tratamento que fazem para expulsar os bichinhos da terra que poderiam estragá-las, não nos estraga? Não prejudicam nossa saúde à semelhança dos transgênicos? Fiquei meio confuso e fui consultar um agrônomo. Resposta dele: Se o defensivo é apenas de contato, não há problema; mas se for sistêmico, atinge nossa saúde de alguma maneira. Só que é em escala muito pequena. Quem sabe o certo é a empresa que  produz a semente.
            Sendo assim eu continuo a lhe sugerir: plante sua horta em casa. Vai ser bom! O ruim do defensivo, como diz o povo, sai na urina.
            Só que a semente que essa plantação produz não serve para você replantar; ela não nasce ou não produz o fruto adequado. Que pena; estamos mesmo escravizados ao capitalismo perverso. Temos sempre que comprar novas sementes. Não temos outra saída.
            Mas, de repente, alguém, nesse imenso Brasil, ainda pode ter a boa semente livre de qualquer defensivo químico. Então se alguém que me acompanha neste blog souber de quem ainda tenha plantios (e, consequentemente, sementes) livres de artifícios químicos, me informe, por favor, o jeito de eu entrar em contato com esses bravos lutadores em favor da vida sadia. Ok? Vamos nos dar as mãos para aumentar sempre mais o produto alimentar sadio. Agradeço, Pe. Guilherme. 

15/05/2015

Questão de sobrevivência

            
Pelo que se vê, pelo que se lê, pelo que se ouve e pelo que se experimenta no dia-a-dia, estamos, praticamente, num beco sem saída em termos de sobrevivência. Nosso alimento, envenenado com tanta química e conservantes prejudiciais; a plantação envenenada com agrotóxicos; os remédios servem para uma coisa e prejudicam duas ou três; os médicos sem o remédio adequado para receitar; os transgênicos avançando cada vez mais... E haja dor!!!
            O que fazer? Tenho uma sugestão: plante sua verdura em sua própria casa. Plante em caqueira. Caqueira no alpendre, no quintal... até mesmo dentro de casa pendurada de alguma forma. Conheço a história de uma família que mora no quinto andar de um prédio e toda a verdura que consome é produzida no seu apartamento. Não podemos também nós fazer o mesmo? É só questão de se centrar no assunto, arregaçar as mangas e tocar a obra. É um trabalho que poderia ser feito até pelas crianças. Seria uma ação muito educativa; sobretudo para essas crianças que ficam soltas pelas ruas dizendo palavrão e fazendo o que não presta.  Lembremo-nos de que criança bem orientada vai longe.
            Já pensou no que aconteceria se as famílias brasileiras adotassem essa ideia na pratica? Com certeza os produtores de alimento mudariam seu sistema de trabalho e o povo quase não teria motivo para adoecer.

            Ai está. Esta é uma ideia que posta em pratica pode começar a nos devolver a vida que estão nos tirando pouco a pouco. 

08/05/2015

Acorda, gente!

Confesso que estou melhorando. Mas há bem pouco tempo eu estava naquela de ouvir a Palavra de Deus e ficar no mesmo. Achava interessante, até me emocionava, às vezes, mas continuava praticamente na mesma situação. Quero dizer: não me envolvia com ela; não me liberava à força da Palavra, não colocava o meu destino à disposição da Palavra, não a deixava mexer comigo. Ficava praticamente, do mesmo jeito. Caia na advertência de são Tiago: “Seja praticante, não mero ouvinte da Palavra” (Tg 1,22).
            Você também tá desse jeito? Se estiver eu tenho um convite a lhe fazer: vamos mudar o nosso jeito de ser em relação à Palavra de Deus? Topa? Vamos ser consequentes com o que ouvimos ou lemos? Vamos aceitar o convite de Jesus? Ele diz: “Convertei-vos!/” (Mt 4,17). Ou seja: mudai de vida. Mudar de vida é sair do erro para a verdade, é sair do ruim para o bom, é sair do pecado para a graça.
            Então é preciso deixar se arrastar pela força da Palavra. É deixar-se levar para o melhor. Dizendo de outro jeito: é aceitar a mensagem e pilotar a caminhada. É ter consciência do que está fazendo e assumir a tarefa. É plenificar você mesmo.
            E isso é importante fazer, porque, quem não fizer fica sobrando (cf. Mt 7,24; 25,12). E sobrar não é nada agradável, não é? Pois quando se trata do próprio destino não se pode dar bobeira.  De jeito nenhum!

            Então, vamos seguir a orientação de são Tiago? Ser fazedor da Palavra e não mero ouvinte. Ai está certo (cf. Tg 1,22-24).  

24/04/2015

Uma dica

            “Sede Santos porque Eu, vosso Deus, Sou Santo” (cf. Lv 20, 26). E Jesus confirma com outras palavras: “Sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito” (cf. Mt 5,48). Então fomos imaginados assim: pessoas perfeitas, santas. Se a gente não se torna santo ou santa a gente é homem (mulher) de segunda; é gente fracassada que não alcançou o topo do desenvolvimento humano; gente que não se plenificou como ser humano.
Desculpe-me, por favor, voltar ao tema da graça, caso não esteja se sentindo bem. Insisto no assunto por ser ele de radical necessidade para se ser gente, ser pessoa humana em plenitude. É que para ser uma pessoa conforme o modelo pensado pelo autor da vida – Deus – a graça santificante, que é a vida de Deus em nós, é indispensável, faz parte do nosso ser. Deus pensou em cada um de nós assim: na graça Dele, na comunhão perfeita com Ele. É o que significa a expressão:
            Mas aí topamos com a dificuldade que são Paulo aponta: “Não faço o bem que quero e sim o mal que não quero” (cf. Rm 7,19). É o problema da condição precária em que o pecado original nos deixou: somos gente ferida (cf. Rm 8,10), gente interiormente desarticulada. O pecado está sempre teimosamente cobrando de nós a sua parcela (cf. 1Pd 5,8) nos vários momentos do nosso agir.     
            É aqui que entra a minha dica: sei que você quer ser santo, quer realizar o modelo perfeito de homem (mulher) que Deus nosso criador bolou para você: ser santo; ser perfeito. (Lembro que ser santo não significa estar na listagem hagiográfica da Igreja e muito menos ter sua estátua no altar. Não! Ser santo é estar em perfeita sintonia com Deus, é estar em plena comunhão com Ele).
            Então para você atingir sua meta humana, vencendo o pecado mesmo na sua pequena dimensão moral (o pecado que não leva à morte conforme nos diz são 1João em 5,16) eu lhe dou essa orientação e faço-o me servindo da doutrina da mente que aprendi do meu mestre Lauro Trevisan: Use a força da mente na conquista da Santidade duradoura. Faça assim: veja qual é o seu defeito principal, o pecado em que você cai mais frequentemente. Digamos, por exemplo, que você é muito irascível, muito grosso em casa ou nos ambientes que você frequenta. Então diga a você mesmo com insistência assim ou de modo parecido: eu sou manso, eu sou uma pessoa cortês, eu sou uma pessoa afável, eu sigo Jesus que disse “Sou manso e humilde de coração” (cf. Mt 11,29). E quando tiver aquela vontade de ser brabo, aquele impulso violento para dizer desaforo, a mente lhe traz o alerta imediato: alto lá; eu sou um (uma) rapaz (moça) manso (a), afável, cortês. E fale para Deus: meu Pai, em suas mãos eu coloco este constrangimento (ou esta raiva) junto com a paixão de Jesus Cristo. Não me deixe pecar. Eu lhe amo.
            Fazendo assim você aumentou mais o seu tesouro na eternidade. E veja, então, o que aconteceu por este seu proceder: você aumentou sua riqueza no céu, seguindo a orientação de Jesus que nos ensina: “Entesourai no céu onde não há traça nem ladrão” (cf. Mt 6,20); você conseguiu mais simpatia entre os seus; fez o seu papel de luz do mundo (cf. Mt 5,14); você evangelizou com seu exemplo (cf. Mt 5,16). A pessoa que lhe ofendeu de algum modo vai ficar pensativa e dizer consigo mesma rapaz como fulano (a) é bacana! Eu é que tenho que me ajeitar.
            Olhe, o poder da mente funciona de verdade. Basta dizer que ele está ligado ao poder infinito de Deus que sempre trabalha (cf. Jo 5,17) e não lhe larga.

            Pense nisso; você vai ser outro (outra) aceitando está boa dica. 

27/02/2015

Explicando...

Conversando com um amigo sobre o tema do nosso artigo anterior – a droga maior – ele me fez este questionamento: Como se pode erradicar o pecado se a Bíblia diz que não há um só justo, todos pecaram (cf. Rm 3,10), que nossa mãe nos concebeu em pecado (cf. Sl 51,7), que não há quem não peque (cf. 1Rs 8,46), dá até a entender que o justo peca sete vez por dia (cf. Pr 24,16)?
            Sim, mas isso é mais uma linguagem do Antigo Testamento quando a Lei não tinha força para justificar. O justo da época era mais numa linha de legalidade externa, sem a transformação interior (cf. Rm 8,3).
            Com a presença de Jesus no mundo a coisa mudou. Por sua paixão, morte e ressureição Ele venceu o pecado básico da humanidade (o chamado pecado original) e deu ao ser humano a força, a competência, para vencer também os pecados atuais e pessoais.  Por isso Ele tem toda a autoridade de dizer: Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito (cf. Mt 5,20). E para a mulher apanhada em adultério: Eu não te condeno. Vá e não peques mais (cf. Jo 8,11). E ainda para o paralitico da piscina Betesda: Eis que ficaste curado. Não peques mais para não te acontecer coisa pior (cf. Jo 5,14) .
            Acha você que Jesus ia exigir desse pessoal (e de nós) o impossível? Claro que não; se Ele exige é porque é possível. Deus não permite que sejamos tentados acima de nossas forças (cf. 1Cor 10,13). E Paulo diz que implorou ajuda de Deus na solução de seu problema e teve esta resposta: Basta-te a minha graça (cf. 2Cor 12, 8).
            Então o que nos está faltando? É a firme vontade e decisão de cumprir os mandamentos divinos. Pois, afinal de contas, vencer o pecado é simplesmente fazer a vontade de Deus expressa nos mandamentos.
            Para resolver esta parada precisamos aceitar a orientação de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda tua alma e com toda tua mente... (e amarás o próximo como a ti mesmo)” (cf. Mt 22,37-39). E é como diz o livro do Deuteronômio: “esta lei que hoje te imponho (...) está bem ao teu alcance, está em tua boca e em tua mente, para poderes cumpri-la”. (Dt 30 ,11-14).
            Então a questão é querer. Evitar o pecado mortal (a droga maior) a todo custo e o venial (que não chega a desligar totalmente de Deus) coloque-o na programação para acabar com ele também (cf. 1Jo 5,16-17). Caso contrário ele vai gerando outros pecados que poderão redundar em pecado grave. Pois, como diz a Bíblia: um abismo atrai outro abismo (cf. Sl 42,8).

            Resumindo: Empenhar toda a força do seu Ser na realização do amor e tudo mais vai dar certo. Desaparecerá todo tipo de droga e a paz acontecerá. Só há este caminho. Quem ama não faz o mal (cf. Rm 13, 10).

06/02/2015

A droga maior


A sociedade atual vive numa lamentável tensão por conta da presença maléfica da droga em suas várias versões. É mesmo um tormento! Os drogados aprontam, com sobra, todo tipo de absurdo, começando por destruir sua própria família tanto no aspecto afetivo quanto no lado material (os móveis são vendidos para aquisição de droga). E o dependente não se satisfaz. É mesmo um desmantelo.  E os irresponsáveis criadores da droga vão cada vez mais se esforçando para descobrir e produzir droga cada vez mais forte e desastrosa. Onde vamos parar?
      Eu queria chamar sua atenção para a droga maior que está no uso de, praticamente, todos os membros da sociedade com o consentimento tácito e tremendamente prejudicial. Sabe qual é? O pecado, gente! Ele é, realmente, a maior droga do mundo e a que mais mal faz. É o que constata o Catecismo da Igreja Católica com estas palavras: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro.” (CIC 1488). O pecado é a origem de toda espécie de droga. As drogas que conhecemos e que muita gente usa para a infelicidade da sociedade são filhas legitimas dele. São decorrência natural dele. É como diz a Bíblia: “Um abismo atrai outro abismo” (Sl 42,8). É um efeito cascata. Começou com Lúcifer, o anjo rebelde, prosseguiu por Eva que, por sua vez, passou para Adão.  E o casal primeiro ferido, feriu toda a humanidade. E essa droga (o pecado) se firmou de maneira tão forte que Deus o Pai de bondade infinita, só encontrou uma solução para o problema: mandou seu filho ao mundo num corpo humano para, sacrificando sua própria vida na cruz, destruiu a terrível droga, o pecado. E ele falou claramente: “Eu venci” (cf. Jo 16,33; Rm 3,23-24).
Então veja: a droga-mãe, a geradora das drogas, foi vencida. Não há, pois, desculpa para a droga subsistir. Não há desculpa? Mas ela está aí e agindo fortemente. Qual a explicação? É que há muita gente que insiste em agir de maneira satânica, imitando a lamentável atitude de Adão e Eva que aceitaram a droga de origem: o pecado.
E aí, o que é que tem que ser feito agora? Para a droga só tem uma solução: é matar a droga-mãe como fez Jesus. É vencer o pecado; é desistir de pecar; é aceitar a orientação de Jesus que disse: “Eu sou o Caminho” (cf. Jo 14,6).  Não há outro caminho que nos leve à felicidade não; é Jesus e acabou (cf. At 4,12).
Então, a saída para a droga não é policia, não é juiz, não é cadeia. É cancelar o pecado, ou seja, é voltar-se para Deus, cumprindo os seus mandamentos. É dizer e fazer como o salmista: “Senhor, tem piedade de mim, cura-me, pois pequei contra ti” (Sl 41,5). E Jesus responde: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos juntos"  (cf. Ap 3,20). Ou seja: se você lhe abre a porta do coração está tudo salvo, está tudo resolvido.
Vamos nessa?