15/03/2019

A propósito de Suzano


Direto ao assunto: Você acha que se aqueles matadores tivessem amor a Deus fossem pessoas convertidas a Jesus, teriam feito o que fizeram? De jeito nenhum, tenho certeza.
     O ocorrido nos aponta para o fato de que arma na mão do povo é algo extremamente preocupante. Não seria o caso de o presidente repensar o tema da liberação de arma na mão do povo e partir para outra opção mais viável e humana? Por exemplo: mudar o sistema penitenciário para, em vez de repressivo, castigador, ser um sistema educativo, libertador? E, simultaneamente a essa medida entrar em acordo com a CNBB e outras lideranças religiosas para a realização de uma educação cívica, religiosa, eficaz e profunda? Sinto que este é o caminho para termos um povo rico e feliz.
Ninguém se engane: sem Deus, sem uma verdadeira conversão não tem jeito que dê jeito.
     “Sem mim, nada podeis fazer”  (Jo 15,1). Não adianta teimar! Governo e Igreja têm que trabalhar juntos e trabalhar com mútuo respeito e vontade sincera de acertar. Na justiça e no amor teremos a tão desejada Paz (Is 32,17).

08/03/2019

Reforçando

Os católicos sabem: no início da quaresma (tempo que vai da quarta-feira de cinzas até a sexta-feira santa) a Igreja inicia esse tempo litúrgico com a imposição das cinzas sobre a cabeça do povo que vai à missa nesse dia. Este gesto de impor cinzas sobre o corpo remonta dos tempos do Antigo Testamento que indicava o arrependimento do pecado contra Javé. Lembramos o episódio de quase destruição de Nínive que escapou graças à penitência feita (cf. Jn 3). Também o uso das cinzas ocorreu entre outras personalidades do Antigo Testamento.
No Cristianismo adotou-se este rito desde o início da caminhada da Igreja. A liturgia penitencial impunha cinzas e vestes penitenciais sobre o pessoal que pretendia ser cristão ou mesmo para quem já era cristão que eram absolvidos publicamente nas celebrações de quinta-feira.
            Por essa explicação compreendemos bem o sentido das cinzas em nossa liturgia: é um forte chamado a penitência e à conversão permanente. Daí se vê muito bem que se a pessoa não estiver com a disposição para a conversão e penitencia realizou apenas um gesto folclórico. Essa pessoa mentiu para o povo e para Deus. Cuidado pessoal. Convertei-vos é o grito de guerra que Jesus nos trouxe (cf. Mt 1,15).

01/03/2019

Prudência


Quero comentar a orientação um pouco estranha de Jesus ao realizar alguns de seus milagres. Refiro-me aos episódios da cura do leproso em Mateus 8,4; a cura dos cegos também em Mt 9,30 e a cura do surdo-mudo narrada em Marcos 7,36. São curas efetuadas nas quais Jesus pede aos beneficiados que não levem ao conhecimento do povo.
Por outro lado, há casos em que Jesus não só autoriza a divulgação dos seus feitos, mas até ordena mesmo que seja feito isso, como por exemplo, ao responder ao sumo sacerdote (Jo 18,21) e ao afirmar, depois de uma pública e solene entrada em Jerusalém, ao responder a alguém que lhe pedia para calar o povo: “Se eles calarem, as pedras gritarão” (Lc 19,40).
Então como explicar o caso?
É que Jesus não queria precipitar os acontecimentos relativos à sua morte e ressurreição.
Sim, é que no tempo da vida pública de Jesus havia praticamente três blocos de gente que o rodeavam. Uns queriam matá-lo; eram os fariseus e a elite sacerdotal da época. Outro grupo era das pessoas boas que vendo as qualidades extraordinárias de Jesus, queriam fazê-lo Rei para a libertação definitiva de Israel. O terceiro grupo era dos indiferentes.
Então, quando Jesus sentia que a divulgação dos seus milagres poderia acender mais a ira de seus inimigos e levá-lo à morte antecipada, Ele proibia a divulgação (Mt 12,14; Lc 14,29),  caso contrário ele não fazia questão (Lc 8,39).
Portanto, o negócio era evitar que o levassem a um cargo político como governo deste mundo ou sua morte antes da hora programada pelo Pai. Era uma medida de prudência, de bom senso. Estava pondo em prática a orientação dada por Ele a seus discípulos (Mt 10,16). 
Vale a pena aprender com Jesus.



"Converte-se a Jesus e viver o Evangelho"

22/02/2019

Jesus nosso mestre e modelo

Da cura do leproso executada por Jesus e narrada por são Mateus (8,2-9) eu aprendi três coisas principais: primeira o modo de se relacionar com Jesus.  O leproso ajoelhou-se humildemente e disse: “Senhor, se quereis podeis curar-me.” Nada de arrogância presunçosa. Assim deve ser a nossa oração: fé e confiança absoluta sabendo-se que Jesus tem poder absoluto sobre tudo e que devemos sempre nos conformar com sua santa vontade. Portanto, fé e submissão filial e total a Jesus é fundamental para nosso sucesso em qualquer área da vida.
            Segunda lição é: Jesus valoriza a instituição religiosa: “Vai, disse Ele ao homem curado, apresentar-te ao sacerdote e faze a oferta que Moisés determinou para lhes servir de testemunha.” Era preciso o aval do sacerdote para poder ser oficialmente reconhecido e como um homem limpo, ser restituído ao convívio da comunidade.
Como bom judeu que era, Jesus sempre obedecia a orientação religiosa do seu povo. Boa lição para os que hoje se omite de ir à igreja alegando que isso é besteira, é coisa do passado. Nosso Mestre ensina diferente. 

15/02/2019

Que coisa bonita!


A Bíblia conta que, depois do batizado, Jesus foi conduzido ao deserto para ser tentado. O demônio se aproxima e, vendo que Jesus sentia fome, desafiou-o a mudar pedras em pães, numa demonstração de que era Filho de Deus. Jesus respondeu que a palavra de Deus era mais importante e que ela é suficiente para nosso alimento. Mas o demônio não se dá por vencido e, citando a Bíblia de maneira sofística, propõe a Jesus pular da parte mais alta do templo porque, dizia ele, os anjos o aparariam, não o deixando se machucar. Jesus respondeu, citando a Bíblia de maneira correta, que não convinha fazer aquilo porque seria tentar a Deus. Aí o diabo, de maneira atrevida, propõe que Jesus o adore, prometendo as riquezas deste mundo. Jesus, de maneira educada, mas com firmeza, mandou o diabo ir embora, informando-lhe que somente a Deus se deve adorar. Aí o tentador colocou o rabinho entre as pernas e se mandou; e os anjos se aproximaram para servir Jesus. Que bonito, hein gente! (veja a história completa em Mateus, capítulo quatro, do versículo um a onze).
         Mas você prestou atenção ao que Jesus fez? Vendo que as propostas apresentadas por Satanás não eram do agrado de Deus, rejeitou a todas. Bela lição para nós: rejeitar, em nossa caminhada por este mundo, tudo aquilo que contraria a vontade de Deus. Devemos viver como Jesus viveu. Ele só fazia aquilo que era do agrado de seu Pai (cf. Jo 8,29). Essa é a única maneira de ser feliz.

08/02/2019

Como ser feliz assim?


Como ser feliz assim?

     
Padre Zezinho em uma linda canção “Amar como Jesus amou” , respondeu muito bem à criança que lhe perguntou: o que é preciso para ser feliz? O padre falou que era preciso viver como Jesus viveu.
     E como foi que Jesus viveu? A Bíblia responde: era submisso a seus pais e ia crescendo em idade, sabedoria e graça (Lc 2,51-52). Viver assim é viver bem consigo mesmo, com Deus e com as pessoas da sociedade.
     Agora, olhemos como vive a criançada e a juventude de nosso tempo: na grande maioria rebeldes, grosseiros, desobedientes aos pais, rebeldes em relação à Deus: não cumprem seus mandamentos, não vivenciam a fé.
     Aí com ser feliz deste jeito? Fazendo exatamente o inverso do que Jesus ensina?  Gente que cresce com o físico já comprometido por falta de cuidado com a alimentação e modo de viver inadequado, falta de sabedoria por falta de leitura da palavra de Deus, falta da graça santificante por conta da entrega cada vez mais aos prazeres carnais, do orgulho e coisas similares que contrariam a vontade do Criador.
    Somos uma sociedade fracassada por não vivermos como Jesus viveu. Estou certo?

01/02/2019

Amado e do agrado



Conta são Mateus que na hora em que Jesus foi batizado, Deus assim falou: “Este é meu filho amado, de quem eu me agrado” (cf. Mt 3,17). Coisa boa não é? É gostoso ouvir isso de um Pai. Como Jesus se sentiu feliz naquele momento!
Pensemos um pouco: Por que Jesus foi declarado solenemente ser do agrado do Pai? É porque sempre caprichou em fazer a vontade D’Ele. Tudo que fazia era do agrado do seu Pai. Dizia ele: “Eu desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou”(Cf. Jo 6,38).
E na hora decisiva da vida, depois de orar ao Pai para, se possível, afastar dele aquele sofrimento (o sofrimento da paixão e morte de cruz), ele concluiu a oração dizendo: “Não aconteça como eu quero, mas como vós quereis” (cf. Mt 26,39). Foi sempre assim.
Desde a infância colocava o Pai em primeiro lugar, conforme constatamos na passagem do desencontro da família ao regressar de Jerusalém. Ele respondeu aos pais que o reencontraram no templo: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” (cf. Lc 2,49). Veja também (cf. Lc 2, 51).
Então? Era assim que Jesus fazia. E vivia muito feliz.
A essas alturas já podemos detectar a chaga desta humanidade: Deixamos de obedecer ao Pai, abandonamos as ordens de nosso Pai celeste.
E Jesus deixou bem claro... “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (cf. Mt 7,21).
E agora?