09/08/2019

Dia dos Pais


Por Sebastião Catequista.


Neste segundo domingo de agosto a Igreja celebra na Liturgia, o dia dos pais. No Brasil, essa data é comemorada por todos os setores da sociedade. Mas em se tratando do mês vocacional: O que significa celebrar o Dia dos Pais?
A ideia é ajudar aos pais a fazer uma reflexão do seu papel no seio da família e na vida dos filhos/as a partir das Escrituras Cristãs, sobretudo diante desafios que hoje a sociedade impõe.
Neste artigo, proponho algumas linhas temáticas para ajudar na reflexão desse dia. Creio que é importante aos pais cristãos ter tais virtudes: ser  presença amiga junto aos filhos, não para os controlar, ou vigiar mas no sentido de acompanhar seu desenvolvimento integral lhe garantido o acesso à vida e a liberdade e ajudá-los a discernir por si diante dos desmandos que a sociedade lhes impõe; também como uma pessoa de fé ser modelo orante e incentivador da oração, ajudá-los a vivenciar uma espiritualidade que os valorize como seres plenamente humanos; ser uma pessoa aberta e caridosa sobretudo com os pobres e excluídos e necessitados, que ajude os filhos a serem abertos e cuidar do outro, seu semelhante, sobretudo os que estão à margem da vida, da sociedade; ser uma pessoa amante da vida dos amigos e da família e da comunidade de fé a Igreja. Pois a família é a primeira célula da comunidade e da sociedade, e os amigos/as são excelentes companhias quando verdadeiros, como diz as Escrituras.
Poderia falar de muitas outras virtudes, mas creio que essas são na atualidade virtudes que estão fazendo falta por aí em muitas famílias. Aqui poderia falar da Graça de ser pai, de suas responsabilidades e de quanto carrega dentro de si o sentido da paternidade que nos remete a Deus. Todo pai tem um pouquinho de Deus dentro de si que devota ao seu filho amor filial e paternal, e é propícia a leitura deste domingo quando nos coloca como modelo de educadores dos nossos filhos como os bons administradores das Graças de Deus colocando-os no caminho do Céu.
Essa é a nossa esperança da qual nos fala São Paulo na segunda leitura contextualizando assim a mensagem da primeira leitura que nos informa de quando os filhos celebravam a Páscoa rumo à vida nova. Desse modo as leituras nos chamam a sermos modelos para nossos filhos como aqueles que os educa na fé (Dt 6,4-9).
Celebrar o Dia dos pais lembrando-se dessa linda vocação nos faz parceiros do verdadeiro Pai de Todos, que no seu Amor, nos deu seu Filho para no Filho sermos irmãos uns dos outros sendo filhos Seus. E a graça da paternidade nesta vida é algo imensurável, graça de Deus para os filhos de Adão. Feliz Dia dos Pais.

03/08/2019

Padre hoje

Recebi no whatsap da Ir. Fabiana, freira da Congregação da Imaculada Conceição, por sinal minha prima em terceiro grau, sugerindo-me  aproveitasse o mês de agosto para falar sobre as vocações que a própria igreja do Brasil propõe para a reflexão do nosso povo católico neste mês chamado vocacional. Aceitei a sugestão da Irmã.
            Comecemos então pela vocação sacerdotal. Ao realizar a salvação do mundo pela sua morte e ressurreição, Jesus fundou também a sua Igreja. Ela ficou responsável para passar a Salvação que Jesus conquistou para toda a humanidade. A Igreja forma aquilo que que são Pedro denomina povo sacerdotal (cf. 1Pd 2,9).
            E daí a teologia católica dividiu esse povo sacerdotal em duas formas de vida: o sacerdote leigo e o sacerdote ministerial. Ambos os setores do sacerdócio formam a Igreja que é a grande responsável pela santificação do mundo.
            O padre responde pelo setor de maior destaque: o setor do pastoreio e da sacramentalidade. Ou seja, o padre tem a responsabilidade de levar a humanidade à Palavra de Deus e os Sacramentos que é o canal por onde passa a graça de Deus. Sobre os leigos falarei depois.  
            Quando a Ir. Fabiana me sugeriu o tema das vocações citou aquilo que várias pessoas já me tem falado: o desgosto  de contarmos hoje com um clero ferido pela existência de tanta mediocridade espiritual e vulgaridade no comportamento na vida pratica do dia-a-dia. Eu concordo com a observação do povo ao lastimar a qualidade de seus pastores. Em muitos casos é vergonhoso mesmo.
            E aí muita gente que vive fora da Igreja (e mesmo pessoas de dentro da Igreja) mete a lenha levando de eito toda a realidade eclesial.
Então: como ter vocações se muitos padres empanam a grandeza sacerdotal? Como ter vocações se os padres não passam para a juventude uma formação religiosa completa e séria? A coisa é muito grave e merece outros momentos de reflexão.
Rezemos pela santificação dos nossos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais. Jesus nos recomendou: “Por isso, pedi ao Senhor da messe que mande operários para sua messe”.(Mt 9,38).

Ainda as abelhas


Vamos ainda considerar o tema das abelhas. Não sei se você está lembrado do importante papel que as abelhas realizam no conjunto da natureza e, por incrível que pareça, em favor da humanidade.

Vamos recordar:
1) As abelhas garantem a reprodução das plantas mediante o fenômeno da polinização, ou seja, elas conduzem o elemento fecundador de uma planta a outra. Daí, conclui- se que sem as abelhas não teremos o que comer.
2) São responsáveis pelo equilíbrio do ecossistema. Em outras palavras, as abelhas garantem o entrosamento da variedade de árvores e outros viventes num pedaço de chão.  
Face a tudo isso, quero convidar o leitor amigo para reassumirmos com garra a nossa função de guardiões e administradores do universo em seus componentes e, particularmente em defesa das abelhas. Somos responsáveis pela natureza que Deus nos deu incluindo o cuidado e a preservação com todos os seres vivos. Cuidar das abelhas é questão de vida. Quando mexemos com os enxames e elas nos agridem, estão simplesmente dando um jeito de alertar a você e a mim. Elas dizem assim: Deixem-nos trabalhar pra vocês. Se nos matam, vocês morrerão também. Toma juízo, gente! Zelem por mim que eu zelo por vocês.
E como entender que os políticos, em sua grande maioria, não estão nem aí com este assunto? Eles devem  a nós e a Deus uma conta imensa. Olhe até onde levou o homem o descuido com a natureza da qual ele é o mais importante elo: “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no jardim do Éden, para que o cultivasse e  guardasse . O Senhor Deus deu-lhe uma ordem, dizendo: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque no dia em que o fizeres serás condenado a morrer.” (Gn 2,15). E ainda: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer, a terra será amaldiçoada por tua causa.” ( Gn 3,17 )
Não cuidar da natureza é decretar a própria morte.

27/07/2019

Mais veneno


      
Os noticiários e comentários de jornalistas anunciam que o governo brasileiro acaba de liberar o montante de (51) novos inseticidas para uso na agricultura e outros setores da indústria em seus vários segmentos de atuação. Sobe assim para (290) o número de agrotóxicos liberados para uso em nosso País.
       Isso significa que temos, oficialmente, instalados entre nós (290) princípios de morte. Não é de se admirar o fato de os hospitais e clínicas médicas estarem sempre superlotadas de doentes. Explica, também, o fato do crescimento acentuado do número de farmácias que surgem no Brasil. Estas constatações fazem com que os especialistas em medicina alternativa declarem: “Quanto mais médicos e hospitais, mais doentes aparecem.” Por que isso? Exatamente pelo o que já foi dito: Veneno e mais veneno em nossa alimentação. Venenos esses que tem como causa mais imediata a ganância e a irresponsabilidade dos grandes ricos desse mundo que com seu dinheiro mal adquirido dominam até os governantes das nações, inclusive o do Brasil. E nós, povo, é que pagamos o pato. Isso é, em último caso, simplesmente falta de fé, falta de conversão a Jesus Cristo, que trouxe o ensinamento de Deus para toda humanidade.
       Sem Deus à frente, só se esborracha. É como diz a bíblia no livro do Eclesiastes, capítulo 7, versículo 29: “Deus criou o homem correto, mas este tem procurado muitas complicações”.

19/07/2019


Pra quem trabalha o político brasileiro?
            Não tenho medo de errar: político neste país trabalha só para ele. Para ele, quero dizer, ele com seus interesses pessoais: sua família, sua empresa, sua fazenda, seu capital. É ter sempre, é sempre ele. Nem se lembra de que o trabalho do político é cuidar do bem-estar, da felicidade do povo.
            Vejam, por exemplo, o que está acontecendo com a reforma da Previdência: pra garantirem sua alta posição econômica simplesmente estão, com licença da palavra, lascando o povo mais uma vez. Um exemplo concreto do que falo é o caso da saúde pública: estão diminuindo o acervo de remédio oferecido ao povo para ficar garantido o capital dos grandes investidores e especuladores dos títulos públicos do governo. Garantir o dinheiro dos super-ricos.
            E o povo? Quem depende, por exemplo, de insulina vai agora ter que compra-la com seus poucos recursos dê no que der. Então ele ira com certeza, diminuir o volume de sua feira, para garantir a tal da insulina. Aliás, diga-se de passagem, essa história de remédio gratuito é uma balela. Ele é pago com o dinheiro do povo, com aquele imposto que pagamos ao comprar qualquer objeto para nosso uso.
O falso “de graça” é bolado pelos políticos para enganar o povo dando uma de bom administrador. Na realidade o que querem é ser reeleitos.
            Então, gente, precisamos estar atentos para cobrarmos deles a sua obrigação e nos tornarmos um povo bem servido e consequentemente mais alegre e feliz.
Este é o nosso direito e o dever deles.

13/07/2019

Todos querem, poucos realizam


Impressionante: a coisa mais bacana deste mundo todos querem; mas a coisa mais bacana deste mundo poucos realizam. Porque isso acontece? É o tal do orgulho, do egoísmo que tudo estraga. Estou falando do amor. Tem coisa melhor do que ele? E como entender tanta agressão, tanto assassinato, tanto descaso pelo amor ao próximo, tanta corrupção? A reforma da Previdência que o diga. Mas o Magno Martins, no seu programa ‘Frente a Frente’ transmitido às dezoito horas por um conjunto de emissoras revelou nesta sexta-feira uma boa amostra do que estamos falando. O Congresso Nacional está querendo aumentar o Fundo Partidário para um valor exorbitante. Não gravei na mente o total, mas asseguro que é uma tremenda imoralidade, você não acha? E eles o fazem na maior cara de pau. É irritante, é revoltante, você concorda comigo? Mas fomos nós, o povo, que elegemos esses homens. E para que eles querem tanto dinheiro? É para fazer sua campanha política no próximo pleito gastando com propaganda, e inclusive, com a compra de votos. Já pensou nisso meu caro/a? Eles pegam o dinheiro do povo para comprar o próprio povo. E sendo assim o povo vai estufando cada vez mais o bolso do político e diminuindo a qualidade de sua feira.
            A quem atribuir um absurdo desse? Simplesmente ao orgulho e à ganancia dos políticos, como também ao pouco grau de conhecimento do nosso povo. E aí se aplica a palavra do profeta Oseias, inclusive, recriminando os sacerdotes da época: “um povo que não compreende caminha para a ruína.” (cf. Os 4,14).
            Até quando deixaremos assim?

06/07/2019

Conversão x Degressão

Conversando no consultório médico a respeito da problemática do mundo atual, citei a conversão a Jesus como a única solução para os problemas que trazem tanto desconforto à sociedade de hoje. No prosseguir da conversa minha oftalmologista falou: apesar do apelo de Jesus, o que percebemos nos dias atuais é a degressão ao invés da conversão. Concordei com a minha doutora e pensei comigo mesmo: é um grande desconforto tal constatação.
Pergunto a mim mesmo: meu Deus que foi que fiz durante meus 50 anos de trabalho na evangelização? Que tem feito a Igreja durante esses quinhentos anos de evangelização no Brasil? Por que o crescimento vertiginoso de seitas evangélicas e outros tipos de religiosidade tão esquisita? Isto não é algo para se pensar com seriedade? Penso que sim!
            Então na minha condição de padre proponho a meus irmãos padres e bispos rezar, meditar e perceber onde é que estamos falhando e retomar com mais garra e acerto metodológico nossa responsabilidade de pastores levando em conta, sobretudo, a orientação do Mestre: “ convertei-vos e crede no evangelho [...] sejam minhas testemunhas” (cf. Mt 4,17; Lc 24,48). Eu vos escolhi (cf. Jo 15,16).