Desagravo

Eu tinha pensado em nada falar sobre o episodio do Festival de Inverno de Garanhuns no que toca ao teatro polêmico. Mas mediante o ataque feito a Jesus por um cantor que, no mínimo, quer se tornar célebre, resolvi escrever essas considerações. E o faço não em consideração a esse cantor, mas em atenção a Jesus.

Lembremo-nos:

1 - Jesus é Deus feito homem que veio para nos libertar do pecado e suas consequências.

2 - A lei dele diz: Não pronunciarás o nome de Javé em vão; pois Javé não deixará impune quem mencionar seu nome em vão (Ex 20, 7). E Jesus completa ao ensinar o Pai nosso: ... santificado seja o vosso nome (Mt 6,9).

3 - Jesus Cristo é Deus e homem. É perfeito como Deus e é perfeito como homem.

4 - Você meu cantor Jhonny, depende em tudo desse Jesus que você blasfemou. Tudo absolutamente tudo: desde o ar que você respira até tudo mais que você pensar. Você dependeu dele até para ter força para blasfemar contra ele.

Rapaz, não brinque! De Deus não se zomba, diz São Paulo (Gl 6,7).

Mas eu sei, Jhonny que você fez isso por não conhecer bem os caminhos para chegar a Deus. E por isso mesmo, Jesus aplica a você e às pessoas que você levou a blasfemar, a frase que Ele pronunciou lá no alto da cruz quando entregava a vida para salvar você e a todos nós: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,24).

Então, meu caro cantor, minha sugestão para você é: converta-se (Mc 1,15). Em alguma de suas apresentações peça desculpa a Jesus e ao povo. Pois você ofendeu a Jesus e a todas as pessoas que o seguem reconhecendo nele seu divino salvador. Jesus está batendo à sua porta (Ap 3,20). Ele é o Deus de misericórdia (Ex 34,6).

Uma dúvida

Será que alguém pode me esclarecer esta dúvida? Trata-se do seguinte: muitos juristas de renome têm afirmado que a prisão do ex-presidente lula é ilegal. Ilegal porque foi decretada sem prova clara, direta do crime de que o acusam.

            Então eu fico pensando: Se o juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente sem prova (e os juízes desembarcadores da TRF4, em Porto Alegre, confirmaram a sentença) quem é mesmo a “ficha suja”, Lula ou o juiz Moro? O condenado sem prova ou quem o condenou? Em outras palavras: Quem devia estar na cadeia, Lula cujo crime não foi provado, ou Sergio Moro que o prendeu ilegalmente? Será que não é hora de inverter os papeis, Lula solto e Sergio Moro preso? Sim! Porque o que é certo é certo. Lula inocente, solto, Moro contrariando a lei, preso.

            Você pode me esclarecer melhor? Pois, a partir das declarações de eminentes juristas, minha opinião é: Solta Lula e processa Moro para ele reparar os danos morais e materiais que causou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E que esta punição ao Moro seja estendida aos três desembarcadores da TRF4 de Porto Alegre.

            Penso que estou atinando com a verdade. Ou não?  

Respondendo

Um dos nossos internautas pediu-me que dissesse algo sobre a guarda do sábado.

            Creio que sua pergunta se refere àquela história de algumas denominações evangélicas adotarem o sábado como o dia oficial de adoração ao Senhor, enquanto que os católicos adotam o domingo como o Dia oficial do culto ao Senhor Deus. Vou abordar o assunto sobre esse aspecto.

            Veja bem, a Bíblia Sagrada nos diz que Deus fez duas grandes alianças com seu povo: a primeira aliança foi após a grande vitória sobre o faraó no Egito libertando  de maneira espetacular  o povo que estava sofrendo horrores sob a opressão dos egípcios (cf. Ex1-3; 7-12; 14s). Ela foi realizada através de Moisés a quem foi entregue a lei do Senhor (cf. Ex 19-20). A segunda aliança foi realizada por meio de Jesus Cristo.

Ambas as alianças foram enriquecidas pela indicação do Dia do Senhor. A primeira servia como pedagoga para o povo de Deus (Cf. Gl 3,19-25). A segunda, como plenitude  da perfeição. É o que constatamos ao ler o capitulo doze da carta de são Paulo aos Hebreus, dos versos dezoito ao vinte e nove (cf. Hb 12,18-29). De fato, Jesus em seu ministério declarou aos seus ouvintes: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas cumpri-los” (cf. Mt 5,17). Então ele cumpriu a lei de Deus orando e respeitando o sábado, mas também se declarava Senhor do sábado (cf. Mt 12,8).

            E no momento da celebração pascal, na última ceia, declarou ao consagrar o vinho: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado por vós”. (cf. Lc 22,19-20). Enfrentou, em seguida, a angustia da paixão e celebrou sua vitória espetacular sobre a opressão do pecado que retinha a humanidade fora de Deus, através da sua ressurreição realizada no domingo.

            Dai em diante as solenidades religiosas dos cristãos passaram a ser realizadas no domingo. O sábado continua o dia santo para os judeus e o Domingo tornou-se o Dia Santo para os cristãos. Jesus começou, os apóstolos continuaram e nós católicos os seguimos. Seguindo a indicação da Palavra de Deus (cf. Jo 20,26.29; At 20,7; 1Cor 16,2; Cl 2,16-17; Ap 1,10).    

            Seguimos a orientação Palavra de Deus.

Buscando o Candidato XI

Finalmente chegamos a contemplar a ultima qualidade que deve possuir um bom político elencada nesta série de artigos: É o zelo pela coisa pública. Dê, em sua cidade, uma olhada nas máquinas no galpão ou noutro ambiente onde ficam estacionadas as máquinas (trator, retroescavadeira, caminhões e etc.); veja como estão.

Eu já observei em mais de uma cidade esses instrumentos de trabalho acomodados em lugares onde ficam ao relento levando sol, chuva, a garoa da noite. Tá na cara que vão durar pouco tempo. Vem a ferrugem, o desgaste da pintura e outras consequências da negligência do administrador público. Consequência, haja dinheiro para consertar os veículos e talvez para comprar novas máquinas. Mas o dinheiro do povo não é para ser esbanjado desse jeito; o dinheiro gasto com relaxamento ou até por interesses sórdidos (beneficiar empresas parceiras da corrupção, o povo que vai visualizar nova frota de máquinas e, consequentemente, elogia-lo em atitude de admiração e amizade e assim por diante). Não seria muito mais interessante construir um bom galpão mesmo que seja coberto com lona ou telha mais em conta?

É isso aí; o governante zeloso pelo patrimônio público, esse deve ser preferido para nosso candidato. Para estragar, vá estragar o patrimônio dele, não o patrimônio do povo.

Atenção também para esse detalhe valioso.

Buscando o candidato X

Está é mais uma boa qualidade que identifica o/a candidato/a: bom senso no agir. Entendo por bom senso no agir o jeito de trabalhar levando em conta as verdadeiras prioridades. Prioridades que significam a necessidade maior e mais importante para o bem comum e não para render votos para o político como acontece. É isso mesmo o que costumam fazer os nossos espertos políticos. Agem mais no empenho de conquistar votos no próximo pleito eleitoral.

            Por exemplo: o que é mais importante saúde ou beleza? Tá na cara a resposta, não é? No entanto costumamos ver prefeituras ajeitando calçamento e meio-fio, jardins bem arrumados e por outro lado dejetos, detergentes e outros poluentes nos rios. E ainda tem gente da comunidade política que tem a ousadia de declarar: o povo, o negócio do povo é calçamento e meio fio pintado. Faça isso e tudo bem.

            É muito cara de pau, não é verdade? Gente assim tem que ser expurgada dos nossos quadros de governantes. Você não acha?

            É isso aí, pessoal. Vamos despertar e agir para arrumar este nosso time de políticos. Tudo depende de nós!

Buscando o Candidato IX

Eis mais uma boa qualidade que devemos buscar no(a) nosso(a) candidato(a) que pleiteia um cargo político: sensibilidade para o bem comum.

            Que quero eu dizer com isso? Quero dizer que o (a) candidato(a) deve buscar o seu oficio tendo em vista o bem da  população, o bem das pessoas em primeiro lugar e  não o seu próprio bem, a chance de ganhar muito dinheiro para ficar cada vez mais rico. Política não é lugar para enriquecer. Ele tem direito a ter um salario adequado, mas não um salario exorbitante. Ganhar demais é deixar alguém na pior, é tirar do outro as condições para ter uma vida digna. A Bíblia se refere a este fato lastimando a sorte dos grandes ricos que exploram ou exploraram seus empregados. O lamento vale também para os políticos que enriqueceram as custas do povo negando-lhe os seus direitos, negando-lhe o direito de viver bem.

            Constate minha assertiva lendo  Tiago 5,1-6; Amós 8,1-7. Terrível, não é?

            Então o(a) candidato(a) que não incorpora a sensibilidade para o bem comum não deve ser eleito(a). Evitemos votar nele(a) a fim de não sofrermos à sua custa e ele(ela) não pôr em risco sua salvação eterna. Sofrimento não é bom para nós, condenação é ruim para ele(ela). 

Buscando o Candidato VIII

Mais uma boa qualidade que deve ter o (a) candidato(a) a cargo político: saber escutar as pessoas. Essa é mais uma qualidade muito importante. Não falo aqui daqueles contatos demagógicos ou quase demagógicos que os políticos fazem às vésperas das eleições simplesmente interessados no voto, não. Falo daquela conversa espontânea que ele/a já usa no dia no dia-a-dia do seu existir.  É conversa de pessoas do convívio amigo que se estende naturalmente para os que estão, agora, sob seus os cuidados de governante.

Nesses contatos com as pessoas comuns (não somente com sua panelinha) o (a) governante vai percebendo as reais necessidades do povo. E aí vai vendo por onde encaminhar sua ação administrativa. Então, talvez perceba que o que planejou ou pretende fazer não está na prioridade da comunidade. E aí, se for um verdadeiro administrador(a) vai refazer seu projeto, a sua ação na direção do que o povo quer e precisa realmente. Aqui faz sentido o que dizia o velho Chacrinha: “Quem não se comunica se estrumbica!” E isso pode acontecer com qualquer líder face a seus liderados: são os políticos, os bispos, os padres, lideres de diversos.

            Quebram a cara por falta de conversa com seu povo. Quantos líderes religiosos (cito particularmente os padres que estão mais dentro do nosso convívio clerical) que caem nessa esparrela.  Começam a fazer coisas sem consultar primeiro o seus fieis e com isso vão perdendo a amizade do povo chegando, às vezes, até precisarem de uma transferência. Que pena! Falou comunicação, faltou conversar com o povo. Caiu na do Chacrinha: “ se estrumbicou”.

Então, o político precisa governar sempre de fronte erguida, vivendo feliz, espontâneo com sua gente. Caso contrário ele(ela) cria para si e sua gente um ar pesado, um ambiente azedo que só faz mal. Aguentar quatro anos um individuo desse no governo não é nada fácil.

            Escutar as pessoas é fundamental. Informa o Êxodo: “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores; sim, conheço suas aflições.” (Ex 3,7).