29/06/2018

Buscando o Candidato IX


Eis mais uma boa qualidade que devemos buscar no(a) nosso(a) candidato(a) que pleiteia um cargo político: sensibilidade para o bem comum.
            Que quero eu dizer com isso? Quero dizer que o (a) candidato(a) deve buscar o seu oficio tendo em vista o bem da  população, o bem das pessoas em primeiro lugar e  não o seu próprio bem, a chance de ganhar muito dinheiro para ficar cada vez mais rico. Política não é lugar para enriquecer. Ele tem direito a ter um salario adequado, mas não um salario exorbitante. Ganhar demais é deixar alguém na pior, é tirar do outro as condições para ter uma vida digna. A Bíblia se refere a este fato lastimando a sorte dos grandes ricos que exploram ou exploraram seus empregados. O lamento vale também para os políticos que enriqueceram as custas do povo negando-lhe os seus direitos, negando-lhe o direito de viver bem.
            Constate minha assertiva lendo  Tiago 5,1-6; Amós 8,1-7. Terrível, não é?

            Então o(a) candidato(a) que não incorpora a sensibilidade para o bem comum não deve ser eleito(a). Evitemos votar nele(a) a fim de não sofrermos à sua custa e ele(ela) não pôr em risco sua salvação eterna. Sofrimento não é bom para nós, condenação é ruim para ele(ela). 

22/06/2018

Buscando o Candidato VIII


Mais uma boa qualidade que deve ter o (a) candidato(a) a cargo político: saber escutar as pessoas. Essa é mais uma qualidade muito importante. Não falo aqui daqueles contatos demagógicos ou quase demagógicos que os políticos fazem às vésperas das eleições simplesmente interessados no voto, não. Falo daquela conversa espontânea que ele/a já usa no dia no dia-a-dia do seu existir.  É conversa de pessoas do convívio amigo que se estende naturalmente para os que estão, agora, sob seus os cuidados de governante.
Nesses contatos com as pessoas comuns (não somente com sua panelinha) o (a) governante vai percebendo as reais necessidades do povo. E aí vai vendo por onde encaminhar sua ação administrativa. Então, talvez perceba que o que planejou ou pretende fazer não está na prioridade da comunidade. E aí, se for um verdadeiro administrador(a) vai refazer seu projeto, a sua ação na direção do que o povo quer e precisa realmente. Aqui faz sentido o que dizia o velho Chacrinha: “Quem não se comunica se estrumbica!” E isso pode acontecer com qualquer líder face a seus liderados: são os políticos, os bispos, os padres, lideres de diversos.
            Quebram a cara por falta de conversa com seu povo. Quantos líderes religiosos (cito particularmente os padres que estão mais dentro do nosso convívio clerical) que caem nessa esparrela.  Começam a fazer coisas sem consultar primeiro o seus fieis e com isso vão perdendo a amizade do povo chegando, às vezes, até precisarem de uma transferência. Que pena! Falou comunicação, faltou conversar com o povo. Caiu na do Chacrinha: “ se estrumbicou”.
Então, o político precisa governar sempre de fronte erguida, vivendo feliz, espontâneo com sua gente. Caso contrário ele(ela) cria para si e sua gente um ar pesado, um ambiente azedo que só faz mal. Aguentar quatro anos um individuo desse no governo não é nada fácil.
            Escutar as pessoas é fundamental. Informa o Êxodo: “Eu vi, eu vi a miséria de meu povo no Egito e ouvi o clamor que lhe arrancam seus opressores; sim, conheço suas aflições.” (Ex 3,7).  

15/06/2018

Buscando o Candidato VII


Na busca de quem merece o nosso voto, consideremos mais esta qualidade: seriedade no que faz. O que quero dizer com isso? Que o(a) candidato(a) deve agir com seriedade, com o devido cuidado, com zelo por aquilo que realiza. Por exemplo, quando asfaltar uma rua, uma estrada ou quando fizer um calçamento, que faça bem feito. Às vezes encontramos asfaltos que levam o povo a dizer: “isso é coisa de político, é só para ganhar voto!” Isso fica feio para ele, não é? Mas o pior é que ele(a) vai cada vez mais perdendo o cartaz perante o povo.
Uma vez eleito, o político deve levar a sério o que faz. Afinal de conta ele não tem o direito de ficar gastando o dinheiro do povo à toa, sempre concertando coisas mal feitas por conta do seu desleixo ou outros motivos como, por exemplo, interesses escusos.
E aí eu me lembro de nossa responsabilidade no sentido da vigilância: acompanhar o agir do político que elegemos. Não esqueçamos disso: Nós somos o patrão, eles são empregados colocados lá para fazer o trabalho de maneira que nos satisfaça. Se assim não fizer botaremos para fora na próxima eleição ou até mesmo antes. Temos que assumir bem o nosso papel de patrão. Caso contrário continuaremos nesta lengalenga: o cara é ruim de serviço, mas, como não prestamos atenção, votaremos nele(a) de novo.
Assim não dá, não é gente?

08/06/2018

Buscando o Candidato VI


Espírito empreendedor é mais uma qualidade importante que deve possuir o (a) candidato (a) a cargo politico.
            E o que significa ser um empreendedor?
Empreendedor é aquele que imagina um projeto, pensa em realizar alguma coisa e põe as mãos no arado para concretizar seu intento mesmo sabendo que vai enfrentar muita dificuldade ao longo da caminhada. Portanto ele deve ser um cara de visão que percebe antecipadamente o que aquele projeto vai trazer de bom, de positivo para o município, o estado ou o país que administra. Para isso ele deve ser um sujeito criativo, inovador, corajoso; um indivíduo que tenha senso para estabelecer estratégias adequadas para as ações que vão levar ao pleno sucesso do projeto imaginado e programado.
            Então o bom candidato não pode ser um “banana” que não sabe para onde caminhar ou um insensato, um cabra mole que não tem coragem de assumir grandes coisas e fazê-las acontecer. Tem que ser alguém que enfrenta, arregaça as mangas e faz acontecer.
E tudo ele(a) deve fazer unido(a) à dupla que mais trabalha neste mundo: Deus Pai e seu filho Jesus (cf. Jo 5,17). E Jesus declara ainda: “Sem mim nada podeis fazer” (cf. Jo 15,5). Veja também o salmo 127,1.
É isso aí.

01/06/2018

Buscando o candidato V


Continuamos na demonstração das qualidades que perfazem o bom, a boa candidato/a  a cargo político.
            Focalizamos, hoje, a honestidade.   
            Para visualizarmos o assunto vejamos o que nos diz a Palavra de Deus: “Não furtareis, nem usareis de fraude, nem de mentiras uns com os outros. Não jurareis falso por meu nome, profanando assim o nome de vosso Deus. Eu sou Javé. Não oprimirás nem roubarás teu próximo; o salário do trabalhador não ficará contigo até a manhã seguinte.” (Levítico 19,11-13).
Desta palavra do Senhor podemos concluir que o homem (a mulher) deve ser alguém verdadeiro/a. O cara sincero que não mente, não rouba, não engana ninguém, nem jura falso. É uma pessoa digna, honrada, decente.
Em nosso tempo atual estamos sentindo muita dificuldade em encontrar gente desse modelo. Já há quem diga: “Foi-se o tempo em que o homem era homem e a mulher era mulher”. Lembro-me, então, da história do filosofo Diógenes que, de lanterna em punho, procurava encontrar um homem em Atenas em pleno meio dia.
A gente sente a gravidade do problema quando nos deparamos com rapazes e moças que desejam casar, mas tem medo na escolha do/a parceiro/a. Não sabe ele/a qual o rapaz ou a moça que de fato, mereça a sua confiança. De repente entra num casamento arriscando como numa loteria.  
            Outro caso concreto de desonestidade é o caso dos políticos brasileiros. Pegam o dinheiro do povo e repartem de maneira terrivelmente injusta. Não respeitam nem a lei que manda pagar ao povo o salário que dê para as pessoas viverem dignamente.
Quer ver outro tipo de desonestidade? É o caso do adultério: o/a ele/a cidadão/ã quebrou o compromisso solenemente assumido diante de Deus, dos familiares e do povo.
            Daí, como bem constatamos, vem o desmantelo da sociedade.
Portanto, é sempre importante lembrar que nas próximas eleições caprichemos para escolher bem o/a nosso/a representante. Tarefa, difícil hein?! 

25/05/2018

Buscando o candidato IV


Vamos considerar mais uma qualidade que deve compor a pessoa do/a canditato/a a cargo político: trata-se da liderança.
Já escutei alguém falar a respeito de candidato usando expressões como estas: “Ele não tem liderança”; por isso as coisas não andam bem no estado, no município ou, mesmo no país (conforme o caso).
De fato, liderança é uma qualidade muito importante.
E o que é liderança? Trata-se de um carisma, é uma qualidade que nasce com a pessoa. É um dom do Criador, um presente de Deus. Aliás, a bem da verdade, todos nós temos um pouco de liderança. Uns mais outros menos, mas todos temos um pouco. Liderança mais perceptível ou menos perceptível. Dependendo do ambiente em que nos encontramos nós nos apresentamos em condição de líder ou liderado. Depende das pessoas que nos rodeiam: crianças, gente de menor cultura que a nossa e assim por diante. É o que podemos chamar de liderança ocasional ou mesmo funcional. É que aparece mais pelo cargo que a pessoa ocupa. Por exemplo: o diretor de uma repartição qualquer, o padre de uma comunidade, etc.
Ao lado e mais importante que o que ocupa uma função é o líder natural. Para descobri-lo é bastante observar agrupamento de jovens, por exemplo: logo percebemos entre eles um/uma que se destaca dos outros através da simpatia, seu olhar, sua loquacidade, etc. O grupo lhe dispensa prazerosamente toda atenção e se dispõe a segui-lo em suas ideias e iniciativas. Estão dispostos a segui-lo/a naquilo/a que ele/ela propuser. E isso espontaneamente.
Já com o líder funcional ocorre de maneira diferente. A turma o segue levando em conta mais a autoridade pela função que exerce. É pela função da autoridade que ela/ela desempenha e por algum interesse que tem diante de algo que busca.
Como percebe, o líder natural é mais apropriado para ser o nosso/a candidato/a. Ele/ela arrasta, encanta o povo. Ai tem mais condições de fazer um bom trabalho. De acordo? 

18/05/2018

Buscando o Candidato III


           
Aqui está mais uma qualidade que deve possuir o/a candidato/a  a cargo político: a competência para o exercício da função pública que pretende exercer. Ter competência significa ter total conhecimento dos trametes que formam o total do oficio.
            Mas, não é só isso não. Não é somente conhecer esses trametes. É ter também a capacidade de fazer caminhar o seu ofício. Ai entra também a simpatia e liderança no trato com seus companheiros de trabalho; simpatia no contacto com o povo; capacidade de bem distinguir as coisas levando em conta a prioridade para cada empreendimento. Ter consciência de que vai trabalhar para o povo e não para sí e para os seus familiares.
 Ter muito senso econômico para não desperdiçar o dinheiro do povo. Ter bem consciência disso: o dinheiro é do povo, não dele/a. Ter plena consciência de que o político é escolhido para servir e não se servir do povo. É servindo que ele/a exerce o papel de Deus para com a comunidade, pois toda autoridade vem de Deus (cf. Rm 13,1).  E Jesus falou: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (cf. Mt 20,28).